Falsa modéstia presidencial

Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

Quando o assunto é a definição do candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano José Serra, não há Cristo que arranque declaração contundente do senador Alvaro Dias, do PSDB (foto). Citado pela imprensa nacional como um dos possíveis pretendentes a vaga, o paranaense se esforça para demonstrar tranquilidade e aparente desinteresse. Porém, quem conhece Dias sabe que está trabalhando forte nos bastidores para ser o escolhido. Ontem, ao chegar à convenção do PSDB, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para oficializar a candidatura de Geraldo Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, Dias disse que Serra tem que ter “carta branca” para definir a escolha de seu vice. Segundo ele, o atraso na escolha dos tucanos, enquanto o PT e o PV já definiram os nomes, não é prejudicial. “Havendo compreensão dos partidos aliados, não haverá pressão. A unidade do partido é que dará tranquilidade para Serra fazer a opção e conduzir a campanha”, completou. Dias evitou comentar sobre sua possível indicação à chapa de Serra à presidência. “Eu tenho ouvido falar, mas não cabe a mim opinar em causa própria”, afirmou. “O que importa é termos um projeto nacional, para oferecermos uma alternativa de poder ao País”, completou o senador.  Além do paranaense, são citados ainda como possíveis candidatos à vice na chapa de Serra o atual presidente do partido, o senador pernambucano Sérgio Guerra, e o mineiro Pimenta da Veiga.

Lisboa e Paris
Mesmo com o marido longe do governo do Paraná, a ex-primeira dama do Estado, Maristela Requião, segue desfrutando das mordomias que o cargo de secretária especial do Museu Oscar Niemeyer (MON) oferece. No mês passado, entre os dias 16 5 25, Maristela – acompanhada pela diretora-administrativa do MON, Vera Regina Maciel Coimbra – esteve em Lisboa e Paris a serviço do Museu. Dos cofres do Estado, R$ 11.580,00 ajudaram a financiar a périplo. As informações estão disponíveis na página oficial do governo na internet, Gestão do Dinheiro Público, que revela os gastos do Executivo.

Cones do Baka
Em Paranaguá, o prefeito José Baka Filho (PDT) encontrou solução, no mínimo, inovadora para evitar que os motoristas sejam pegos de surpresa e caiam em buracos ao transitar pelas ruas e avenidas do município. A medida que uma nova cratera surge – e não são poucas – na histórica cidade litorânea, um cone é colocado para sinalizar. A inovação pode inclusive ajudar a impulsionar o projeto eleitoral da esposa de Baka, Jozaine, que pretende disputar cadeira na Câmara Federal nas eleições de outubro deste ano.

Aeroporto
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vai investir 5,4 bilhões de reais nos 14 aeroportos das 12 cidades que sediarão as partidas da Copa do Mundo de 2014, entre elas a capital paranaense. O processo de melhoria dos aeroportos deve envolver ainda outros órgãos da administração pública, como a Receita Federal, a Polícia Federal, o Ministério da Saúde e as companhias aéreas. O maior investimento será no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com 952 milhões de reais.O Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, receberá a terceira menor verba, R$ 48,4 milhões, perdendo somente para o Aeroporto de Recife, que receberá R$ 19,2 milhões, e de Salvador, que ficará com R$ 44,4 milhões.

Com a palavra a Executiva
Nem mesmo a convenção nacional pedetista colocou fim ao suspense sobre o futuro eleitoral do senador Osmar Dias (PDT). Os convencionais acabaram transferindo para a Executiva a missão de decidir se os estados terão que acompanhar a aliança nacional com PT de Dilma Roussef. A tendência é que até a próxima terça-feira, Osmar saiba se terá ou não autonomia para aceitar o convite tucano para disputar a reeleição e apoiar a candidatura de Beto Richa (PSDB) ao governo. Depois da convenção, o pedetista deu a entender que as coligações com o PSDB de José Serra serão barradas nos estados. Acho que o partido vai adotar a mesma regra para todos os estados, embora vá analisar caso a caso. A tendência é que se restrinja o apoio a Serra, disse Osmar.

Só falta o Paraná
Após a convenção de ontem, em Brasília, do Partido dos Trabalhadores para a homologação da candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República, o secretário nacional do partido, deputado federal André Vargas, voltou a cobrar uma definição local. Agora só falta o Paraná decidir. O recado do petista é claramente direcionado ao senador Osmar Dias (PDT), que ainda hesita sobre sua possível candidatura ao governo, que daria palanque forte para Dilma no Paraná. Segundo Vargas, a convenção consolidou a maior coalizão de forças da história pluripartidária. Teremos 50% do tempo de TV para seguir com as mudanças iniciadas pelo presidente Lula. Estamos propondo a continuidade do que foi implementado pelo presidente Lula, reforçou Vargas.Segundo o deputado, serão centenas de deputados federais, dezenas de governadores, milhares de prefeitos e milhares de governadores mobilizados para garantir a continuidade da mudança da vida dos brasileiros. A convenção, que teve votação simbólica, também contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, José Alencar, presidentes de partidos, deputados e senadores. O vice de Dilma, o deputado Michel Temer, do PMDB, também estava na convenção.

Parabólica
A Assembleia Legislativa promoverá na quarta-feira, às 14 horas, audiência pública para discutir a isenção do ICMS nas contas de serviços públicos das igrejas e templos religiosos e a implantação do movimento pela cultura da paz no Estado. A ideia é do deputado pastor Edson Praczyk (PRB).

Em alta
Pelo menos 6,5 milhões de crianças com menos de 5 anos FORAM VACINADAS no final de semana contra a poliomielite em todo país. O balanço parcial da 1ª etapa campanha de imunização contra a doença foi divulgado pelo Ministério da Saúde. Foram distribuídos cerca de 24 milhões de doses da vacina.

Em baixa
O ex-governador ROBERTO REQUIÃO que recebeu apoio de apenas 95 convencionais peemedebistas na tentativa de emplacar candidatura presidencial. Outros 560 votos foram para Michel Temer (SP) compor como candidato a vice-presidente a chapa encabeçada por Dilma Roussef (PT).