O tempo passa, mas as velhas práticas da Assembléia Legislativa não mudam. A sessão que deveria acontecer hoje foi “antecipada” para ontem, em reunião extraordinária. Tudo para liberar os deputados para poderem viajar para suas “bases”.
Substituto
Quando assumiu a presidência da Assembléia, no ano passado, o deputado Nelson Justus (DEM) garantiu que as sessões das quintas-feiras seriam retomadas, houvesse ou não quórum suficiente. Como Justus está em licença, o presidente em exercício, Antonio Anibelli (PMDB), com o beneplácito dos demais parlamentares, aproveitou para encurtar a semana. Já o salário de R$ 9,5 mil que cada deputado recebe, não há qualquer risco de ser “encurtado”, com ou sem sessão às quintas.
Recesso branco
A tendência é que a partir do mês que vem, o trabalho na Assembléia tenha seu ritmo cada vez mais diminuído. Com a aproximação do período eleitoral, a maioria dos parlamentares estará mais preocupada em fazer campanha para eleger seus prefeitos e vereadores, e as votações na Casa ficarão em segundo plano.
Armas
Os deputados adiaram para a semana que vem, votação de veto do governador Requião a projeto que permite aos agentes penitenciários tirarem porte de arma. Os agentes alegam que precisam da arma para se defenderem. Requião diz que o projeto contraria o interesse públicos. Os parlamentares – incluindo os da base governista – tendem a derrubar o veto.
Tempo integral
O deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que colocou “lenha na fogueira” do PMDB ao pedir a renúncia do reitor da UFPR, Carlos Moreira Jr, preferido do governador Requião, à indicação de candidato do partido à prefeitura de Curitiba, oficializou ontem seu pedido de licença por quinze dias da Câmara Federal. Quer se dedicar integralmente, a partir da semana que vem à campanha para emplacar seu nome como postulante peemedebista à sucessão do prefeito Beto Richa (PSDB).
Desapontado
Rocha Loures levou até o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), os resultados da pesquisa em que Moreira aparece com míseras com 0,8% das intenções de votos na sucessão em Curitiba. Segundo ele, Temer ficou muito desapontado com o fraco desempenho do reitor.
Sem palavra (I)
O líder da bancada de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou estar surpreso com a alegação, feita pelo deputado Cleiton Kielse (PMDB), de que o governador Requião estaria disposto a liberar recursos para que passarelas e trincheiras sejam construídas na Linha Verde, obra que a Prefeitura de Curitiba está realizando com recursos próprios no trecho da antiga BR 116. Lembrou que Requião não honrou a assinatura em convênio assinado com a prefeitura para repassar R$ 63 milhões para obras no município, cortando as verbas depois que Beto Richa resolveu apoiar seu adversário, Osmar Dias (PDT), nas eleições para o governo em 2006.
Sem palavra (II)
“Realizamos uma audiência pública em 2007 para tentar sensibilizar o governador, mas foi em vão. Os recursos não foram liberados até a hoje. Era um empréstimo que seria pago pela prefeitura, não era a fundo perdido” afirmou Rossoni.
Em alta
O senador Osmar Dias terá a partir de hoje, um novo endereço eletrônico – www. osmardias.com.br – que irá disponibilizar projetos de sua autoria, notícias, fotos, os áudios da “Palavra do Osmar”, artigos, entrevistas e os pronunciamentos no Senado.
Em baixa
Já chega a 73 o número de vereadores paranaenses “infiéis” cassados pela Justiça.Na sessão de terça-, foram cassados os mandatos de Sebastião Angelino Ramos, de Cornélio Procópio (PSC/PTB); Miguel Souza, de Indianópolis (PP/PMDB); e de José Kmita, de Paula Freitas (DEM/PMDB).