Insegurança na mira

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

O secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari que se cuide. A ameça do Ministério Público de tirá-lo da carreira de promotor pode ser o menor dos problemas. Pressionados pelo eleitorado sobre a onda de violência que atinge as principais cidades do Estado, os parlamentares querem respostas, até mesmo os governistas. O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa do Paraná, deputado Mauro Moraes (PMDB), já encaminhou Pedido de Informação à Secretaria de Segurança do Estado, solicitando os dados da violência no Estado neste primeiro trimestre. ”A população tem direito a estes dados, principalmente levando-se em consideração a necessidade de transparência das autoridades em relação à progressão da violência”, diz ele. Moraes espera receber as informações até dia 27, prazo máximo para a resposta ao Legislativo.


Insegurança na mira (II)
Paralelamente, o presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania da Câmara de Curitiba, vereador Tico Kuzma (PPS), está preparando reunião para o mês que vem, com representantes de diversos segmentos ligados ao setor. A idéia é discutir sugestões com membros das administrações municipal e estadual, para que os vereadores possam contribuir com a Prefeitura em ações para melhorar a segurança da cidade. Sobram críticas para a atuação de Delazari.


Reincidente
A preocupação do governo Requião para que a suposta promessa de perdão da dívida dos R$ 100 milhões por conta dos títulos públicos assumidos na negociação para privatização do Banestado se concretize vai além das cifras. Como foi o governo do Estado que divulgou a suposta decisão do ministro Guido Mantega de perdoar dívida, está no ar a impressão de que por aqui a regra é a pressão.


Reincidente (II)
É que não é a primeira vez que o governo do Estado divulga informações conflitantes à administração federal. A suspensão do processo de privatização das rodovias federais do Paraná, anunciada pelo governo Requião antes da hora, colocou também colocou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, em saia-justa. Tanto é assim que Dilma tem evitado o governador Requião. Agora é direito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Dois lados
Por falar em administração federal, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo se tornou o braço direito e esquerdo do presidente Luiz Inácio Lula. O lado bom é o poder, mas o ruim é que tudo estoura nele: de crise aérea a negociação para prorrogar a CPMF e isso acaba o tornando pouco popular. Bernardo, que tem os pés plantados no chão já faz as contas do eleitorado que anda perdendo. Ele estará hoje no auditório do prédio dos Correios, para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Pressa
Deve ser definida hoje  a data em que o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, irá a Assembléia Legislativa para dar explicações sobre as denúncias de irregularidades no contrato da empresa com a Pavibrás. Há quem acredite que pode ser ainda nesta semana.


Festerê na fronteira
O governador Roberto Requião será o cicerone das comemorações do Dia do Trabalho na Tríplice Fronteira, que acontecerá em Foz do Iguaçu. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vários presidentes do Mercosul foram convidados, até mesmo o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que até agora não confirmou presença.Seria o título de persona non grata, aprovadopela Assembléia Legislativa do Paraná?


En alta
A polêmica da Lei Seca retorna à pauta da Assembléia Legislativa. Um projeto de lei apresentado na Assembléia Legislativa essa semana autoriza o governo estadual a restringir o horário de funcionamento de estabelecimentos de lazer e de comércio de bebidas alcoólicas.


Em baixa
A reunião semanal do secretariado de Requião, a escolinha de terça-feira, anda bem esvaziada e nem mesmo o próprio governador Requião tem se empenhado em trazer palestrantes de fora ou em pautar assuntos internos. Tudo fica para a última hora.