Enquanto o governador Roberto Requião(PMDB) aproveita a viagem a França, o secretariado atual começa a se mexer. Antes de viajar, o governador pediu uma auto-avaliação de todos eles, acompanhada ou não de uma demissão. Na verdade, espera que todos, educadamente, coloquem os cargos à disposição e também se manifestem se querem ou não continuar no cargo O secretário de Estado de Saúde, Cláudio Xavier, teria sido o primeiro a colocar o cargo à disposição e espera um substituto antes do final do mandato.
Entre a cruz e a espada
Já o secretário de Estado de Segurança. Luiz Fernando Delazari, não esconde de ninguém, nem do chefe, que quer permanecer no cargo no próximo mandato. Mas não teve a contra-partida imediata que esperava. Delazari quer uma resposta rápida, porque se for não, volta para o cargo de promotor do Ministério Público. Mas se for sim, estaria disposto a deixar a carreira de promotor. A favor de Delazari, conta o “estilo”, já elogiado pelo governador. Contra ele, a maioria dos policiais militares e boa parte da polícia civil, além de mais de 20 deputados da base aliada.
Quantidade
Como é de costume, vão sobrar emendas ao Orçamento do Estado para 2007, principalmente porque a maioria dos deputados acredita na máxima de que quantidade é qualidade. O assunto deverá ser pauta desta semana na Assembléia Legislativa.
Emenda inteligente
O deputado estadual Tadeu Veneri inovou na elaboração de emendas. Ele realizou audiências públicas na área da saúde para elaborar uma emenda em conjunto com o Sindsaude, Ministério Público, o Partido Verde, representando pela deputada estadual eleita Cleusa Rosane Ferreira, Tribunal de Contas do Estado e Conselho Estadual de Saúde.
Emenda inteligente (II)
Os órgãos decidiram em consenso propor a retirada das despesas com Hospital da Polícia Militar, com o SAS – Serviço de Assistência à Saúde do Servidor – com o Paranasan, com Hospitais Universitários e ainda todas àquelas vedadas pela Resolução 322/2004 do Conselho Nacional de Saúde para o cumprimento da Emenda Constitucional 29. Ela determina que os gastos com saúde devem ser no mínimo de 12% do total do orçamento do estado. Atualmente, oo governo ainda não alcança os 12% exigidos, ficando em cerca de 10,5% .
Duelo inusitado
Por falar em disputa por cadeiras, por incrível que pareça, a Secretaria de Estado da Cultura virou alvo de uma disputa e tanto de bastidores. De um lado, Rafael Greca (PMDB), deputado estadual que não conseguiu ser reeleito. De outro, o deputado federal Angelo Vanhoni (PT) que, para desespero de seus assessores, pensa sim em pedir licença em Brasília para assumir a secretaria. A atual secretária Vera Mussi permanece bem longe da disputa. Não força a barra para ficar, mas se sua permanência for prorrogada também não reclamará.
Cartas na mesa
O vereador Celso Torquato (PSDB) nem assumiu a primeira secretaria da Câmara de Curitiba e já recebeu uma lista de reivindicações dos funcionários da casa legislativa. O principal pedido é melhores condições de trabalho. Os servidores se sentem inseguros com o crescimento do número de rachaduras nas paredes devido ao tráfego intenso na Visconde de Guarapuava.
Em alta
Os paranaenses se destacam no Prêmio Congresso em Foco, que apura entre os internautas a popularidade dos parlamentares. Álvaro Dias (PSDB) lidera a disputa no Senado E Gustavo Fruet (PSDB-PR) está na vice-liderança de deputado federal.
Em baixa
O ex-deputado federal JOSÉ BORBA, mensaleiro que renunciou ao cargo antes de correr o risco de cassação mas não conseguiu a eleição, anda de porta em porta em Brasília. Sonha em emplacar um cargo no segundo escalão. Não vai conseguir.