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Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado


Pesquisa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) aponta que 421 políticos tiveram seus registros de candidatura ou diplomas cassados nas três últimas eleições – 2000, 2002, 2004 – em função de processos por compra de votos. Sete são do Paraná.


Gaveta
Se for levado em conta recente pesquisa do Ibope segundo o qual 22% do eleitorado paranaense teria recebido ofertas materiais em troca do voto na última eleição, os dados do MCCE mostram que as punições ainda são muito raras em relação aos abusos cometidos. O que é comprovado pelo fato de que na maioria dos processos, a Justiça Eleitoral acaba arquivando as acusações por falta de provas.


Chicanas
Outro dado complicador é que muitas vezes, os políticos flagrados comprando voto são condenados em primeira instância, mas acabam se safando graças a manobras protelatórias, que estendem os processos por longo período, fazendo com que muitos terminem o mandato sem um julgamento definitivo. Na última eleição, por exemplo, o deputado estadual reeleito Carlos Simões (PTB) e seu irmão, Íris Simões (PTB), que não se reelegeu para a Câmara Federal, ficando como suplente, foram condenados pelo TRE por compra de voto. O mesmo aconteceu com Geraldo Cartário (sem partido). Os três recorreram ao TSE e suspenderam os efeitos da condenação.


Sem muro
O clima para a reunião da Executiva estadual do PSDB continua “quente” depois da guerra declarada pelo governador Roberto Requião (PSDB) ao prefeito Beto Richa. Segundo o deputado federal Gustavo Fruet, ninguém está preocupado em promover um “caça às bruxas”, como alguns tucanos governistas tem alegado. Mas não há espaço para duplicidade. “Quem quiser apoiar o governo ou continuar no governo, está concordando com o que o Requião disse do Beto. Não tem meio termo”, vaticina Fruet.


Nada a declarar
Até agora, a ala requianista do PSDB vem fugindo de qualquer comentário sobre o imbroglio envolvendo o governador e o prefeito. O ex-presidente da Assembléia, Hermas Brandão, se nega a dar declarações sobre o assunto, bem como seu indicado para a Secretaria do Trabalho, deputado Nelson Garcia. Por mais que tentem empurrar com a barriga, vão ter que sair do muro logo, afinal Beto é a principal liderança do partido no Estado, virtual candidato à reeleição e nome natural para a disputa pelo governo em 2010. E por mais “muristas” que sejam os tucanos governistas, eles terão que decidir de que lado estão.


Trabalho
O prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) deve enviar na próxima semana, no reinício dos trabalhos da Câmara de Vereadores, a mensagem que prevê a criação da Secretaria Municipal do Trabalho. Caso a pasta seja realmente criada, o mais cotado para ser o titular é o vereador Manassés de Oliveira (PPS).


Na torcida
Quem está na torcida para que Manassés seja confirmado como secretário é o primeiro suplente João do Suco (PSDB). Desta forma, base aliada e o partido do prefeito Beto Richa ganhariam mais um adepto. Os tucanos passariam a somar nove vereadores na capital.


Em alta
A Prefeitura de Curitiba está intensificando a fiscalização para limpeza de terrenos baldios em Curitiba. A manutenção da limpeza e proteção da área é de responsabilidade do proprietário. A multa para o descumprimento da Lei é de R$ 400,00.


Em baixa
A onda de invasões comandada pelo líder José Rainha Júnior durante o carnaval causou um racha no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e também na Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT. As lideranças não reconhecem a parceria do líder com a CUT.