O deputado Tadeu Veneri (PT) fez comentário, no mínimo interessante, sobre as críticas do líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) ao seu voto favorável a convocação do presidente da Sanepar, Stenio Jacob para comparecer a Assembléia. “Não posso matar o carteiro só porque ele me traz conta para pagar”.
Fritura
Várias versões estão correndo nos bastidores da Assembléia para a rebelião da base governista. Alguns dizem que estaria em curso um processo de “fritura” do líder da bancada, que não teria “digerido” bem a indicação de Romanelli pelo Palácio Iguaçu. O problema seria agravado pela “fogueira de vaidades” entre os deputados da base de situação, em especial na bancada do PMDB, onde um não admite abrir espaço para o outro crescer. Basta lembrar que mesmo tendo a maior bancada, o partido acabou aceitando a eleição de um deputado do PFL, hoje Democratas, para a presidência da Assembléia.
Fogo amigo
Outra versão corrente dá conta de que os deputados estão irritados com o governo que não atende suas reivindicações. A irritação é maior ainda com determinados secretários, que ignoram as orientações do próprio governador Requião para atender os parlamentares. O corpo mole nas votações polêmicas seria uma forma de mandar um recado para o Palácio Iguaçu.
Lista dos “traidores”
Os deputados federais que se cuidem. A Associação dos Municípios do Paraná (AMP) está de olho e divulgou ontem uma lista de parlamentares do Estado que votaram contra o repasse dos recursos do transporte escolar diretamente às prefeituras. Segundo a AMP, a “lista negra” é integrada por Ricardo Barros (PP), Moacir Micheletto (PMDB), Dilceu Sperafico (PP), Nelson Meurer (PP), Chico da Princesa (PR), Odilio Balbinotti (PMDB), Hermes Frangão Parcianello (PMDB), Barbosa Neto (PDT), Assis do Couto (PT), André Vargas (PT), Airton Roveda (PR), Rocha Loures (PMDB).
Desencanto
O presidente da AMP e prefeito de Nova Olímpia, Luiz Lázaro Sorvos, disse que os prefeitos do Paraná ficaram “frustrados e desencantados” com os deputados contrários ao projeto. “Deputados que fizeram discursos prometendo a defesa intransigente dos municípios votaram imediatamente contra os interesses dos prefeitos”, reagiu.
Nova pasta
Chegou ontem na Câmara Municipal de Curitiba a mensagem do prefeito Beto Richa que cria a Secretaria Municipal do Trabalho. O projeto prevê ainda a criação do fundo municipal do trabalho. Até agora o mais cotado para assumir o cargo é o vereador Manassés Oliveira. È esperar para ver.
Deserto
Com o plenário às moscas, a Assembléia Legislativa não conseguiu votar nada na sessão de ontem pela manhã. Irritado, o líder da bancada do PMDB, deputado Waldir Pugliesi, disse que como os deputados não aparecem mesmo às quintas-feiras, as votações deveriam ser substituídas por debates sobre questões políticas estaduais e nacionais. “O que adianta estarmos aqui, se não temos condições de fazer nenhuma votação, porque não há quorum?”, reclamou.
Alvo errado
Pugliesi também aproveitou o baixo quórun para subir na tribuna e reclamar também da imprensa, esporte preferido dos requianistas. “Nem os jornalistas compareceram na sessão de hoje”. Como líder do PMDB, ele deveria se preocupar mais com seus próprios comandados, que andam deixando o governo na mão nas votações polêmicas.
Em alta
A empresa ParanáPrevidência eliminou as seis exceções ao limite máximo para aposentadorias e pensões Esses seis pensionistas continuavam a receber acima do teto, por determinação judicial, ultrapassando o teto em até 25%.
Em baixa
Em resposta ao requerimento do senador Alvaro Dias (PSDB/PR) sobre o programa Tapa-Buracos feitas no Paraná, o Tribunal de Contas da União confirmou pelo menos quatro obras irregulares, por conta da falta de contratos e da demora para execução.