Ou vai ou racha

Bem Paraná

Deputados do PMDB tinham jantar marcado para ontem à noite com o vice-governador Orlando Pessuti. Segundo um dos organizadores do encontro, a intenção seria dar um ultimato a Pessuti: ou ele viabiliza sua candidatura ao governo do Estado logo, ou desiste de vez e libera o partido para buscar outro nome, mais competitivo e de outra sigla. A cobrança vem principalmente dos parlamentares que sonham com uma aliança com o PSDB do prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Confiança
Nem todos os parlamentares peemedebistas concordam, porém, com esse ultimato. Nereu Moura, por exemplo, afirma que dar prazo para que Pessuti viabilize eleitoralmente seu nome é prejudicar o projeto do vice-governador, pois demonstra desconfiança em relação às suas chances reais. “Se o PMDB quer ter candidato próprio, tem que apoiar o Pessuti em qualquer circunstância”, defende.

Temperatura
Às vésperas do início do recesso, programado para meados de julho, as sessões na Assembleia Legislativa seguem em ritmo morno. A maioria dos deputados parece mais preocupada com as articulações de bastidores para alianças e candidaturas para as eleições de 2010 do que com as discussões políticas na Casa. Ontem, por exemplo, não houve qualquer discussão na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2010.

Tato
Foi aprovada na Câmara de Curitiba a obrigatoriedade de colocação de pequenas placas em braile no interior dos táxis contendo o número de identificação do veículo. A proposição é do vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB). De acordo com o parlamentar, isso ajuda a recuperação de objetos no caso de cegos que usam táxis e esquecem objetos, além de poder identificar e reclamar em casos em que tiveram seus direitos desrespeitados nas corridas.

Munição
O líder da bancada do PSDB na Assembleia, deputado estadual Ademar Traiano, afirmou ontem que os tucanos não vão ficar calados diante dos ataques dos adversários ao prefeito de Curitiba, Beto Richa. Traiano não citou nomes, nem entrou em detalhes, mas garantiu que o partido tem munição suficiente para reagir à altura às denúncias que vem sendo produzidas por adversários — internos e externos — do prefeito curitibano. Especula-se, inclusive, sobre uma proposta de CPI na Assembleia contra o governo de Roberto Requião. O problema será convencer os deputados tucanos que apóiam o governador.

Assinaturas
Com o apoio por setores da sociedade que estão do lado do governador Roberto Requião (PMDB), foi criado o Fórum Popular Contra o Pedágio. Nas vésperas da eleição, o assunto vem à tona de novo. A tarefa é coletar 1,6 milhão de assinaturas para apresentar no Congresso Nacional um projeto de iniciativa popular para regularizar o pedágio nas estradas brasileiras — incluindo aí valores mínimos para a tarifa, de acordo com quilômetros rodados entre uma praça e outra.

Barato
A meta do Fórum Popular Contra o Pedágio é igualar o pedágio paranaense ao projeto do governo federal. Para se ter uma idéia, há alguns trechos da BR-376, entre o Paraná e Santa Catarina, em que a tarifa chega a custar R$ 1,99. Outro exemplo é o preço a ser cobrado pela empresa espanhola OHL, que já explora a rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba. O preço será de R$ 1,36.

Desencontro
Seria ontem, mas foi adiada a audiência de instrução em que se encontrariam os adversários Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (PMDB) e o presidente da executiva municipal peemedebista, Doático Santos, na 1ª Fazenda Pública. O processo é de autoria do tucano contra Requião e Doático, por calúnia e difamação. O prefeito é testemunha do irmão, José Richa Filho, que recebeu críticas sobre sua atuação quando era diretor do DER, na gestão de Jaime Lerner (sem partido).

Em alta
O vice-governador ORLANDO PESSUTI – pré-candidato do PMDB ao governo para 2010 – recebeu ontem o prêmio “Personalidade do Ano”, conferido pela Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba (Aecic).

Em baixa
O encalhe do navio UBC Salvador no último dia 26 no canal da Galheta, em Paranaguá voltou a demonstrar os problemas na ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA na gestão Requião.