Até ontem, a oposição contabilizava 22 votos contra o “tarifaço” proposto pelo governo Requião, e previa conseguir os outros seis votos necessários para barrar o aumento de impostos ainda hoje. Parte deles dentro da própria base governista.
Instabilidade
O problema é que até a votação no plenário, muitos dos que hoje se dizem contra a elevação da carga tributária no Estado podem mudar de opinião, diante dos argumentos convincentes e ameaças do governo. A previsão é dos próprios deputados oposicionistas.
Chá de sumiço
Além dos que podem “virar a casaca”, muitos dos parlamentares que ontem assinaram manifesto contra o tarifaço podem simplesmente desaparecer do plenário quando o assunto entrar na pauta de votação. Entre os que têm o costume de sumir nessas horas estão os tucanos Miltinho Puppio, Luiz Fernando Litro e Luiz Nishimori, além de Felipe Lucas, do PPS – aquele que ganhou o ônibus de brinquedo do governador Requião na “escolinha”.
Na mira
O líder da bancada de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), já avisou que a ausência será considerada voto a favor do aumento de impostos. E será devidamente registrado o nome dos sumidos nos painéis que o bloco oposicionista pretende espalhar pelas principais cidades do Estado.
Sensível
O presidente da Assembléia, deputado Nelson Justus (DEM), ficou irritado quando a oposição quis colocar no plenário o painel com a assinatura dos deputados que se comprometeram a votar contra o pacote tributário requianista. A saída foi deixar o cartaz ao lado da tribuna oposicionista.
Tesoura
Os deputados apresentaram um total de 2,2 mil emendas à proposta de Orçamento do Estado para 2008, que somam mais de R$ 400 milhões. Como não há de onde tirar tanto dinheiro, o relator do Orçamento, deputado Nereu Moura (PMDB), já avisou que vai ter que cortar pelo menos R$ 300 milhões dessa conta.
Na Câmara
A Câmara de Curitiba abriu, na sessão de ontem, o período de recebimento de emendas para o projeto da Lei Orçamentária para 2008. Serão três sessões, antes que o plenário inicie, nos próximos dias, a votação da proposta, que estipula no total o valor de R$ 3,2 bilhões, entre orçamentos fiscal, de seguridade social e de investimento. O líder do governo Mario Celso Cunha (PSB) adianta que, neste ano, “irá prevalecer o mesmo sistema de cotas, estipulado na atual gestão, com valor de R$ 300 mil para cada parlamentar”.
Transporte
A Câmara de Vereadores de Curitiba promove, na tarde de hoje, uma audiência com os proprietários de empresas de transporte coletivo, que devem apresentar sugestões para o edital de licitação das linhas na Capital. Esta será a última audiência antes que o projeto comece a tramitar nas comissões da Casa, já a partir da próxima quarta-feira.
Coalizão
Os peemedebistas do Paraná já admitem a formação de uma coalizão em torno da candidatura da petista Gleisi Hoffmann à Prefeitura de Curitiba no próximo ano. Na política nada é de graça. A dobradinha PT/PMDB poderia se repetir em 2010, na disputa pelo governo do Estado. Desta vez, a chapa seria encabeçada pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT) com o deputado estadual Alexandre Curi (PMDB) de vice. Assim, Requião teria caminho livre para disputar vaga no Senado.
Chavista
O Estado do Paraná teve queda de 0,1% na participação no Produto Interno Bruto Nacional de 2004 para 2005. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revela o resultado da política “chavista” de Requião. A tal “carta de puebla” continua fazendo estragos na economia paranaense.
Em alta
O senador Osmar Dias (PDT-PR) se reúne hoje e amanhã com os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, José Gomes Temporão, para pedir apoio ao Hospital de Clínicas de Curitiba. O senador paranaense será acompanhad pelo diretor do HC, Giovanni Loddo.
Em baixa
O prefeito de Jaguariaíva (região Norte), Paulo Homero da Costa Nanni, continuará afastado do cargo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade de votos, recurso ontra a decisão do ministro Raphael de Barros Monteiro Filho .