Porto em xeque

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.

Por enquanto o jeitinho político não  está conseguindo apagar o “incêndio” no Porto de Paranaguá. O Tribunal de Contas da União (TCU) não dá sinais de que vai aliviar a pressão para que o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos decrete intervenção no Porto de Paranaguá. Ele tem até amanhã para cumprir a recomendação ou dar um bom motivo para não intervir. Uma turma do governo Lula já trabalha para acalmar o TCU ou pelo menos conseguir mais prazo para resolver o imbroglio. Vale a pena lembrar que em paralelo também há  um pedido de intervenção aprovado pela Câmara que repousa no Senado. 


Estatização
No Palácio Iguaçu, ninguém faz nada por ordem do governador Roberto Requião. Pelo contrário, a superintendência do Porto já tem plano pronto propondo que o porto seja concedido ao Estado Paraná e transformado em empresa mista, que pretende levar a Lula logo que Requião voltar. Tanta calma tem respaldo do governo federal.


Estranho
O  deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) tem razão quando diz que algo muito estranho acontecendo no Porto. “Existe algo de muito estranho acontecendo no Porto de Paranaguá.  O Porto virtual é o melhor do mundo e tem a melhor administração do planeta. O Porto real é o dos escândalos, das normas de segurança não cumpridas, da ausência de sinalização e de dragagem”.


Rejeição
O líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), ficou todo animado com a articulação de seu nome como alternativa de consenso para a presidência da Assembléia Legislativa para o próximo mandato. O problema é que entre outras coisas, Dobrandino defende controle rigoroso da frequência dos parlamentares no plenário, e punição dos faltosos. Com essa plataforma, tende a perder votos de muitos colegas que só aparecem na Casa uma vez ou outra.


Ligado
O deputado Nereu Moura (PMDB) conversou ontem pelo telefone com o governador Roberto Requião, que está em viagem ao exterior e só volta no final de semana. Segundo ele, Requião reafirmou que não vai interferir na disputa pela Presidência da Assembléia. E que qualquer informação em contrário estaria partindo de pessoas que utilizam seu nome seu autorização.


Polêmica
O plenário da Assembléia gastou ontem mais de meia hora para discutir projeto do deputado Luiz Carlos Martins (PDT) que propõe a proibição de venda de rifas nas escolas estaduais. Acabou adiando a votação da proposta para a semana que vem.


Emendas
Ontem foi o prazo final para que os vereadores de Curitiba apresentassem emendas ao Orçamento do próximo ano. Foram recebidas aproximadamente 170 emendas entre os 38 vereadores. A maioria delas destina recursos para a pavimentação de ruas e para as áreas da saúde e educação. Vinte vereadores se uniram e apresetaram uma emenda coletiva destinando R$ 653 mil para o Hospital Erasto Gaertner.


Redutor
Um acordo entre a Prefeitura e as lideranças da Câmara garantiu que todas as emendas apresentadas serão aprovadas, desde que cada vereador não exceda o teto de R$ 300 mil. Em 2005, quando o acordo aconteceu pela primeira vez, foram recebidas 224 emendas. Antes do acordo, o número de emendas ultrapassava os 1,5 mil.


Em alta
O Senador Flávio Arns foi convidado para participar da CPI das ONGsque será instalada no Senado para investigar a transferência de recursos do Orçamento da União para elas.  É bom lembrar que o Paraná foi palco recentemente  de um escândalo envolvendo ONG.


Em baixa
O presidente do Conselho de Ética e Decoro, Ricardo Izar (PTB/SP), enviará ao Ministério Público da União todos os pareceres de processos contra acusados do esquema dos  Sanguessugas. Na leva, vai o processo contra o Ìris Simões (PTB-PR). Pizza no forno.