Prontuário

Da Redação

O presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, entrega hoje à Justiça e ao
Ministério Público um pedido oficial de esclarecimento dos quatro casos
de assassinato de dirigentes e lideranças do partido no Paraná. A morte
do ex-presidente do PPS de Almirante Tamandaré, Miguel Siqueira Donha,
completou oito anos na terça-feira e o caso ainda não foi solucionado.
O mesmo acontece com os casos do vice-prefeito de Mariluz, Aires
Domingos, e do presidente local do PPS, Carlos Alberto de Carvalho,
mortos em 28 de janeiro de 2001.
 
Sem solução
Donha foi morto em janeiro de 2000, quando se preparava para disputar
as eleições municipais. O quarto crime sem solução é a morte do
empresário de Campo Largo Sérgio Roberto Marciglio, encontrado morto em
dezembro de 2005. Ele era filiado ao PPS e, em 2004, foi candidato a
vice-prefeito.

Claque
O ato organizado pelo PMDB para protestar contra a suposta censura da
Justiça contra a Rádio e TV Educativa, ontem, confirmou aquilo que já
se esperava. Só conseguiu atrair militantes do partido e de legendas
aliadas — além, é claro, da “esquerda funcionária”, formada por
ocupantes de cargos de confiança do governo Requião.

Modus operandi
A tentativa de desmoralização do desembargador Edgar Lippmann Júnior,
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, responsável pela proibição
do uso político da Educativa, revela bem o desespero de Requião e seu
grupo. E também o modus operandi do requianismo: na falta de
argumentos, sempre se apela para a desqualificação do oponente.

Dublê
Esta é a hora mais oportuna para os comissionados fazerem valer a
máxima de que defender o chefe é o caminho mais curto para o sucesso,
para usar uma versão amenizada da máxima propalada pelo próprio
governador. O dublê de apresentador da Educativa, Carlos Moraes, tem
dedicado boa parte do seu programa Paraná Notícias para essa
finalidade. Na edição de ontem,  leu uma série de e-mails — todos, é
claro, apoiando Requião.

Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ontem que vai participar
das campanhas políticas dos aliados. O presidente, entretanto, fez uma
ressalva: só irá participar das campanhas se as alianças locais
respeitarem a coligação nacional que apóia o Palácio do Planalto. Na
prática, é pequena a chance de Lula desembarcar no Paraná O PT
paranaense, pelo menos, vai ter que se esforçar bastante para ver o
presidente apoiando candidatos a prefeito pelo Estado.

Fidelidade (I)
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) começa hoje a julgar os
primeiros casos de infidelidade partidária. Está na pauta do tribunal o
caso do vereador Valdomiro Antônio Marques da Silva, de Clevelândia.
Ele deixou o PPS e foi para o PMDB. Neste caso específico, o PPS não
tem suplente e a decisão sobre quem vai assumir a vaga ficará por conta
da Câmara local. A sessão tem início marcado para as 17 horas.

Fidelidade (II)
De acordo com o TRE, a lista de processos apresentados pelo Ministério
Público Eleitoral relativos à fidelidade partidária totaliza 660
documentos. No entanto, o órgão garante que o montante — que passa por
atualização na próxima semana — passa de mil nomes. De acordo com o
site Congresso em Foco, o Paraná é o Estado que apresenta o maior
número de processos por infidelidade partidária no País

Em alta
A POLÍCIA FEDERAL realizou ontem uma operação em cidades do Paraná e de
São Paulo para desarticular grupos envolvidos com o tráfico
internacional de drogas. Até o final da manhã, 16 pessoas já haviam
sido presas e outras duas permaneciam foragidas.


Em baixa
A ministra do meio Ambiente, Marina Silva, informou ontem que houve na
AMAZÔNIA, em novembro e dezembro, um “desmatamento nunca visto”. Ela
comunicou o fato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que convocou
reunião de emergência para discutir o assunto.