Quarto turno

Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado


A piada em Londrina é que haverá quarto turno. Mas, desta vez, no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já que está para ser julgado pelos sete ministros do órgão o pedido de Antonio Belinati (PP), vencedor do primeiro e segundo turno na cidade, para que sua candidatura seja reconhecida. O advogado do pepista, Eduardo Franco, disse que acredita na aceitação do pedido e que em seguida pede recurso com efeito suspensivo para anular o terceiro turno.


Lista por cargos
A turma que ficou nos três mandatos de Antônio Belinati (PP) tem forçado o prefeito eleito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), para assumir cargos na sua futura administração. Já que Belinati apoiou o prefeito eleito no terceiro turno, uma lista deve ser entregue a Barbosa Neto. Quem lidera esse movimento é o ex-secretário de Saúde de Belinati, Agajan Der Bedrossian. Procurado pela coluna, ele não foi encontrado, mas a mulher dele desmentiu e falou que há, na realidade, uma lista de servidores pedindo o retorno do marido ao cargo. Na secretaria, um funcionário disse que a lista partiu do próprio ex-secretário, que tem até ameaçado quem não assinar.


“Gato”
Ontem, a sessão da Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande entrou noite à dentro. Os vereadores votariam o pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a denúncia contra o vereador Caio Szadkoski (PMDB). A denúncia é de que ele estaria envolvido no roubo de energia elétrica do prédio da biblioteca pública da cidade. Na ocasião, Caio era secretário de Obras do ex-prefeito Antônio Wandscheer (PMDB). Ele teria autorizado seu filho, José Carlos Júnior, que tinha uma oficina ao lado da biblioteca, a fazer um “gato” para roubar energia do prédio. O vereador admite que seu filho nunca recebeu conta de energia elétrica, “mas pagava o condomínio e pensava que a energia elétrica estava incluída”.


Quilometragem
Vida de candidato não é fácil. Ainda mais quando está lá em baixo nas pesquisas. O governador em exercício, Orlando Pessuti (PMDB), está rodando o Estado na ausência do chefe Roberto Requião (PMDB), que está na Europa. Ontem, ele visitou obras e entregou ambulâncias em Londrina, Ibiporã, Rolândia, Jacarezinho, Cornélio Procópio e Bandeirantes. Tudo, pago pelo contribuinte. E, para hoje, estão previstas viagens para o Litoral.


Divulgação
O Tribunal de Contas (TC) do Estado do Paraná determinou que a Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado do Paraná devolva os R$ 79,5 mil que recebeu da Paraná Turismo, nos anos de 2006 e 2007. O objetivo do dinheiro era divulgar as atrações turísticas do Estado em feiras internacionais. O  presidente da entidade, Adonai Aires de Arruda, não comprovou o uso correto dos recursos.


Escárnio
A atitude do governador Requião de mandar retirar da pauta de votação da Assembleia o projeto que ele mesmo apresentou e alardeou do piso estadual dos professores demonstra mais uma vez a total falta de respeito e de compromisso do peemedebista com os servidores e a opinião pública. Novamente, Requião usa questões de interesse do funcionalismo e da população apenas para fazer uma bravata política barata. Tudo em uma tentativa canhestra e patética de “limpar a barra” por conta da ação contra a lei federal que instituiu o piso nacional do magistério.


Fujão
Outro hábito do governador reafirmado nesse episódio é o de fugir da responsabilidade por adotar medidas impopulares. Quando anunciou o tal piso estadual, Requião fez questão de alardeá-lo pessoalmente, na “escolinha” e em declarações à imprensa. Agora, na hora de engavetar tudo, deixou a tarefa espinhosa para seu vice, enquanto curte férias na Europa.


Em alta
Mais um feriado prolongado coloca em alerta todo o efetivo da Polícia Rodoviária Federal. A operação “Semana Santa” começa já nas primeiras horas de hoje  e vai até o final da noite de domingo. Serão mais de 500 policiais empenhados nos quatro dias de trabalho.


Em baixa
 As contas da Prefeitura de Guarapuava, na Região Central do Estado, no exercício financeiro de 2006, na gestão de Luiz Fernando Ribas Carli (PP), foram julgadas regulares com ressalvas. Entre as elas, os conselheiros indicaram a aquisição de combustíveis e materiais de construção sem licitação .