Quem é quem

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

Os ataques do governador Roberto Requião ao prefeito Beto Richa na “escolinha” deram munição à ala de oposição do PSDB. Até então, o partido vinha mantendo uma política de boa vizinhança, já que setores da legenda não só apoiaram a reeleição do governador, como ganharam cargos no primeiro escalão. Agora, a avaliação é de que não há mais clima para os tucanos manterem uma posição dúbia. Ou assumem a defesa de Beto – candidato natural do PSDB ao governo em 2010 – e deixam a base governista, ou saem do partido.


Rompantes
Entre os tucanos governistas, o clima é de apreensão e constrangimento. Tudo o que eles queriam era manter as coisas como estão para poder continuar no partido e no governo ao mesmo tempo. Os rompantes do governador, porém, levam ao rompimento definitivo do PSDB com o Palácio Iguaçu.


Coerência
Na nota divulgada ontem em que rebate as acusações de Requião, o prefeito Beto Richa faz um lembrete importante. Seu irmão, José Richa Filho, ex-diretor do DER, a quem o governador agora implica em uma suposta denúncia de desvio de recursos para a campanha de Beto ao governo em 2002, foi nomeado pelo peemedebista em 2003, diretor da Agência de Fomento. Das duas uma: ou a acusação do governador não passa de mais uma balela oportunista, ou Requião não  achava essa denúncia importante quando assumiu o mandato anterior.


Fogueira
Requião tem almoço marcado com todos os 54 deputados estaduais na Assembléia, para amanhã, momentos antes da reabertura dos trabalhos legislativos. A idéia partiu do novo presidente da Casa, Nelson Justus (PFL), que vai ter muito trabalho para “apaziguar” os ânimos, diante do humor cíclico e incendiário do peemedebista.


Retratação
Depois da bronca pública que deu no ex-secretário de Obras, Luiz Caron no dia da posse, Requião aproveitou a solenidade de ontem para se retratar. “Ao longo dos últimos quatro anos, o Caron prestou serviços inestimáveis ao nosso governo. Ele continuará conosco coordenando as obras do Fórum e da reforma do Palácio”.


Cabidão
Dois novos diretores da Sanepar tomaram posse ontem à tarde. Hermes Rodrigues da Fonseca assumiu a Diretoria Administrativa e Natálio Stica, a Diretoria Comercial.


Menos
Outros, por sua vez, continuam onde estavam no primeiro mandato, mas apenas aparentemente. É o caso de Jacir Bergmann II. Ele permanece no comando do Cerimonial do Palácio, porém a pasta foi esvaziada e ainda passou a ser subordinada a Rafael Iatauro, da Casa Civil.



Climão
O clima no Ministério Público do Paraná (MP-PR) que já não era dos melhores, ficou pior ainda. É que ficou claro a diferença de tratamento com a questão do nepotismo quando o alvo é o governo do Estado e os procuradores não gostaram nada disso. Enquanto a promotora Terezinha de Jesus fez um trabalho rápido no Tribunal de Contas, na prefeitura de Curitiba e na Câmara Municipal, o sub-procurador Eduardo Trigo Roncaglio, responsável pelo governo do Estado,  está em férias e não se sabe quando vai agir.


Festa
O Tribunal de Contas condenou Remi Ranssolin, prefeito de Bituruna (região Sul do Estado) entre 2001 e 2004, a devolver mais de R$ 186 mil aos cofres do município, por conta de despesas não comprovadas em sua gestão. O dinheiro teria sido usado na promoção de três edições da Festa do Vinho e uma edição da Festa Rave,  realizadas entre os anos de 2001 e 2003. Segundo a auditoria, o ex-prefeito autorizou despesas nos dois eventos – como material para estandes.


Em alta
O Senado aprovou, por unanimidade, ontem, Projeto de Lei o senador Alvaro Dias (PSDB/PR) que proíbe o governo de contingenciar verbas para programas de segurança pública. Pela proposta não pode haver limitação de recursos para a área de segurança.


Em baixa
É patético o NOVO JOGO DE EMPURRA ENTRE AS AUTORIDADES PARA DETERMINAR A CULPA PELO NÍVEL DE VIOLÊNCIA NO BRASIL. Estas discussões acontecem sempre que um crime chocante acontece e infelizmente termina sem atitudes.