Antes de viajar a Nova York, o governador Roberto Requião teria garantido que haverá mudanças no secretariado logo na sua volta. O governador se diz descontente com algumas áreas, principalmente as que têm apresentado problemas crônicos, como a pasta de Saúde. O secretário Cláudio Xavier, aliás, está por um fio há quase um ano e a crise dos remédios e nas UTIs de Ponta Grossa teriam sido apenas a gota d´água. Em tempo. Segundo fontes do Palácio, Xavier já não contaria com o apoio do secretário de Educação, Maurício Requião.
Pitaco
Um deputado da base aliada sugere que Requião transferira o irmão, Eduardo Requião, para a secretaria de Saúde, já que ele é da área. Assim resolveria dois problemas, já que amenizaria a crise no Porto de Paranaguá. Talvez não seja má idéia.
Florestas
Outras área que pode sofrer mudanças é a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, mas não necessariamente com a saída de Rasca Rodrigues. Pelo contrário, o descontentamento seria com algumas autarquias e órgãos ligados à pasta, como o Instituto Ambiental do Paraná e a própria Sanepar, onde a confusão já é antiga.
Anonimato
A Assembléia retoma na semana que vem a discussão sobre o polêmico projeto que proíbe a abertura de investigações contra administradores públicos nos três poderes do Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário – a partir de denúncias anônimas. Uma série de emendas foram apresentadas para modificar a proposta original, do líder do PSDB, Ademar Traiano e serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça na terça-feira. O ponto mais polêmico do projeto é o que prevê o arquivamento sumário de investigações já em andamento em que não haja identificação do autor das denúncias. Deputados críticos da medida avaliam que muita gente estaria interessada nesse “engavetamento” geral, incluindo pessoas ligadas tanto ao governo Jaime Lerner, quanto da gestão Requião.
TV
Amesa executiva da Assembléia Legislativa, que define amanhã como será a parceria que vai custear a sonhada e atrasada TV Assembléia — que já deveria ter entrado no ar em julho e que provavelmente ficará para o ano que vem.
Sentença
A ausência do governador Roberto Requião e do vice, Orlando Pessuti, na posse do presidente reeleito Rodrigo da Rocha Loures é uma sentença. As relações entre os dois grupos estão definitivamente rompidas. Quem tinha esperança de que eles fizessem as pazes, já jogou a toalha.
Figurante
Nos altos escalões do PMDB, já há quem admita à boca pequena que o destino do partido nas eleições municipais de Curitiba é cumprir um papel de mero figurante. Ainda mais pelo fato do governador Requião querer impor um candidato sem qualquer competitividade eleitoral, como o reitor da UFPR, Carlos Moreira, considerado pelos próprios peemedebistas como sem qualquer chance na disputa. Os mesmos peemedebistas reconhecem que mais uma vez o partido ficará a reboque do PT e lançará um candidato à prefeito no primeiro turno apenas para cumprir tabela e tentar levar a disputa com o prefeito Beto Richa (PSDB) para o segundo turno. Já o grupo do tucano vai procurar o contrário – ampliar ao máximo o número de partidos em sua aliança.
Em alta
O grupo espanhol OHL, que venceu o leilão dos rechos de rodovias federais do Paraná aparece bem no ranking de melhores estradas do Brasil da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ela administra um trecho da quarta rodovia mais bem avaliada no país.
Em baixa
A bancada de oposição ainda encontra resistência do governo do Estado para obter respostas aos requerimentos aprovados na Assembléia Legislativa. As informações não são prestadas no prazo de trinta dias, determinado pela Constituição Estadual.