Reunidos

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

Ficou para a quarta-feira pela manhã o encontro entre o governador Requião, deputados federais e senadores em Brasília, para discutir a mobilização contra a cobrança da multa mensal de R$ 10 milhões aplicada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por conta dos títulos podres adquiridos pelo Paraná após a privatização do Banestado. Está confirmada também a participação dos líderes dos partidos da base do governo e de oposição da Assembléia.


Sem desculpa
Os parlamentares do bloco oposicionista garantem estar dispostos a ajudar o governo na luta para cancelar a dívida. Mas avisam que não aceitam que a multa seja utilizada como desculpa por Requião para o não pagamento do reajuste salarial dos servidores, ou para a suspensão de obras e projetos do governo estadual. “Isso se deve a má gestão administrativa e financeira do atual governo”, avalia o líder do DEM, Plauto Miró, que também participa da reunião em Brasília.


Maquiagem
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia, deputado Durval Amaral (DEM), é outro que vai à Capital federal para o encontro. Mas também não “engole” a versão de que todos os problemas do governo Requião são motivados pela multa. Lembra existirem indícios de que o balanço das contas do Estado em 2006 foi maquiado. “Não podemos entrar no jogo de que a a falta de investimentos é culpa desta multa”.


Ironia (I)
O deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da oposição na Assembléia, comentou ontem, com ironia, a notícia que o governador Roberto Requião vai receber no próximo dia 25 de junho, na Assembléia Legislativa, em Florianópolis, o título de Cidadão Honorário de Santa Catarina.



Ironia (II)
“A homenagem de Santa Catarina a Requião é mais do que justa”, fustiga Rossoni. “Entre outros motivos devido à política insana adotada pelo psicanalista Eduardo Requião no comando do Porto de Paranaguá. Ele afugentou investidores estrangeiros e boa parte das cargas do Porto paranaense para portos de Santa Catarina. Esses portos que vivem um ciclo de prosperidade absolutamente inédito em sua história”, diz o líder da oposição.


Cartão
A bancada de oposição conseguiu ontem aprovar requerimento pedindo explicações do presidente do Tribunal de Contas, Nestor Baptista, sobre o uso de cartão corporativo pelos servidores públicos do Estado. Os deputados querem saber se esta prática foi adotada pelo governo Requião e quais órgãos adotaram o sistema para pagamento de despesas. Querem saber ainda se existe acompanhamento e análise das despesas e se foi efetuada alguma restrição ou recomendação por parte do TC as autoridades.


Fora do ar
O senador Flávio Arns (PT) garante que se colocou a disposição do governador Roberto Requião (PMDB), há cerca de dois meses, para ajudar a resolver a questão da multa do STN. “Ele ficou de me encaminhar documentos sobre o caso, mas até hoje não recebi nada. Se houvesse, por parte do governo, uma sintonia melhor com a bancada federal, este e outros assuntos de interesse do Paraná já poderiam ter sido resolvidos”.


Cumprimentos
O Jornal do Estado agradece os cumprimentos pelos 24 anos. Entre os cumprimentos recebidos estão Moacir Moura, Diceu Galléa, Joaquim Cancela Gonçalves, Hugo Cini, Luciano Ghilardi, Learnway, Vereador Jorge Bernardi e Renato Barrozo.


Em alta
A Justiça Federal do Paraná tenta acordos para agilizar processos de matéria previdenciária nesta semana. O primeiro dia, ontem, foi um sucesso. De 110 audiencias realizadas, foram efetivados 108 acordos, com implantação do benefício na hora.


Em baixa
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) divulgou durante a sessão deliberativa um levantamento que revela que 1.039 servidores e membros do Ministério Público (MP) em todo o país recebem salários acima do teto constitucional de R$ 22,1 mil.