Roteiro

Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

A eleição para a Mesa Executiva da Assembléia Legislativa seguiu ontem o roteiro que já se esperava. Com exceção de Tadeu Veneri (PT), que se recusou a homologar a chapa única encabeçada pelo atual presidente, Nelson Justus (DEM), os demais deputados cumpriram o rito formal em uma eleição sem disputa, que expõe o corporativismo e a acomodação reinante na Casa.


Desafios
Não há como deixar de reconhecer que a gestão de Justus avançou ao implantar a TV Sinal, que transmite os trabalhos do Legislativo estadual, e o painel eletrônico para controle de presença e registro das votações no plenário. Mas quando se compara com outros parlamentos estaduais, o paranaense ainda permanece muito atrasado no que se refere a questões essenciais, como a prestação de contas das verbas de gabinete e relação de servidores. São esses os desafios que Justus enfrentará e terá que responder daqui em diante.


Antecipado
A Assembléia antecipou para o período da manhã a sessão desta quarta-feira. Tudo para que os deputados possam viajar a Foz do Iguaçu para participar de encontro com prefeitos eleitos.


Convocação
O senador Osmar Dias (PDT) e o prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) evitaram falar de sucessão estadual e presidencial em 2010 durante o encontro produtores rurais ontem. “Não conversei com o governador Aécio e nem o prefeito”, desconversou o senador. Mesmo não falando abertamente em candidaturas, o senador em seu discurso, convocou de maneira sutil o prefeito para estarem juntos na conquista de um governo que promova o crescimento econômico no Paraná.


No ataque
Apesar de não citar nomes diretamente, Osmar não economizou críticas ao governo Requião. Ele criticou, especialmente, o baixo percentual do orçamento do Paraná que sobra para investimento, para melhorar as estradas rurais, o atendimento à saúde e a segurança. “Se Minas Gerais consegue investir 11% do orçamento, por que o Paraná só consegue 5,6%”, questionou Osmar.


Regularização
Os vereadores aprovaram ontem a permuta de áreas da prefeitura de Curitiba com a Companhia de Habitação Popular (Cohab) visando a regularização fundiária em parte da Vila das Torres. A ocupação irregular está consolidada há anos e é integrante do programa municipal Moro Aqui.


Multa
O governo anunciou ontem que a expectativa de que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vote hoje o projeto de resolução que colocaria fim à multa cobrada pela União por conta do não pagamento pelo Estado dos títulos públicos adquiridos após a privatização do Banestado. Segundo a Agência Estadual de Notícias, o governador teria feito um apelo para que os senadores votassem a proposta, engavetada desde julho.  Como informou a um mês o Jornal do Estado, a questão da multa está parada e não há qualquer perspectiva de uma solução iminente. Até porque o presidente da CAE, senador Aloísio Mercadante (PT/SP) já indicou que considera a medida inconstitucional, e que só a colocará em votação depois de um novo parecer da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que não tem data para sair. Por mais que os áulicos palacianos tentem fazer parecer, o suposto “apelo” de Requião em nada muda essa realidade.


Em alta
O COMÉRCIO DE CURITIBA já funciona em horário especial de Natal. Das 9 às 22 horas, de  segunda-feira a sexta. Aos sábados, das 9 às 21 horas. Nos domingos, as 10 as 19 horas, e na véspera do Natal, no dia 24, uma quarta-feira, o comércio ficará aberto das 9 às 18 horas.


Em baixa
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Cerro Azul, Adjahyr Bestel, ao pagamento de R$ 47.285,39, valor atualizado por não prestar contas dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).