Reunida em jantar na segunda-feira à noite, na casa do deputado Alexandre Curi, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa reafirmou estar fechada em torno da candidatura do vice-governador Orlando Pessuti à sucessão estadual. Com o PSDB ocupado em defender o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o PT arrastando asa para o senador Osmar Dias (PDT), os peemedebistas — que até então vinham sonhando com a aliança em torno do candidato tucano — agora acham que não há outro caminho se não a candidatura própria no primeiro turno.
Calculadora
A grande preocupação dos 18 deputados do PMDB é conseguir votos para todos se reelegerem — daí o motivo das dúvidas sobre a viabilidade eleitoral de Pessuti. Segundo os cálculos do cúpula do partido, se os atuais parlamentares repetirem os votos da última eleição, e o partido receber o mesmo número de votos de legenda, ainda estariam faltando pelo menos 200 mil votos para que os dezoito voltem à Assembleia em 2011.
Pedágio
O Fórum Popular contra o Pedágio envia nota negando ter ligações com o governo Requião ou aliados do governador. E afirma ser contra a cobrança do pedágio, mesmo dentro do modelo adotado nas rodovias federais, com tarifas mais baixas.
Improbidade
A Promotoria de Justiça de Faxinal, na região Norte-Central do Estado, propôs ação civil pública por improbidade administrativa contra a ex-prefeita de Borrazópolis. Maria de Lourdes Pereira, que ocupou a prefeitura entre 2000 e 2004, é acusada de gasto indevido de R$ 17.888,96 com combustível e transporte escolar.
Notas frias
Segundo a Promotoria, nos meses de julho e dezembro de 2002 e janeiro, fevereiro e março de 2003, a Prefeitura de Borrazópolis apresentou sob a rubrica “transporte” um gasto total de R$ 464.992,83. A investigação do MP revelou que muitas das empresas que eram apontadas como fornecedoras do Município não confirmaram a emissão de notas fiscais. Outras sequer existiam de fato. Há indícios ainda da participação de empresas “laranja” para justificar a prestação de contas.
Máscara
O líder da bancada de oposição na Assembleia, deputado Élio Rusch (DEM), acusou ontem o governo de mascarar o reajuste das tarifas de energia elétrica. A Copel foi autorizada em aumentar a tarifa em 12,98%, mas o governador Requião disse que o reajuste não seria aplicado. Agora, o governo diz que o reajuste será aplicado, mas quem pagar em dia terá desconto no mesmo valor.
Disfarce
Para Rusch, trata-se apenas um disfarce com motivação política. “Já vimos esse filme em 2003, quando a Copel pediu um reajuste de 25% e Requião concedeu o desconto. O desconto foi retirado gradativamente até que o reajuste fosse aplicado integralmente”, lembrou.
Suspensão
A direção do PPS do Paraná aprovou, na segunda-feira, relatório da Comissão de Ética determinando a suspensão, por 60 dias, do deputado estadual Felipe Lucas, das funções partidárias. Lucas ignorou orientação da cúpula da sigla, votando contra as emendas ao projeto do governo Requião de reajuste do funcionalismo público.
Na berlinda
O líder da bancada do PPS, deputado Douglas Fabrício, considera que a permanência de Felipe Lucas no partido é cada vez mais difícil, já que ele insiste em contrariar a orientação da legenda de fazer oposição ao governo Requião. Além disso, ele é reincidente no desrespeito às posições do partido e da bancada, tendo ficado conhecido como o deputado que ganhou um ônibus de brinquedo de Requião na “escolinha”.
Contracheque
O governo do Estado pagou ontem o reajuste salarial de 5,92% do funcionalismo público paranaense. O aumento foi aprovado em maio, mas só agora aplicado. Os sindicatos que representam os servidores prometem cobrar o reajuste retroativo, em cumprimento à data-base da categoria.
Agenda
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa promove, hoje, a partir das 10h30, audiência pública sobre os quatro projetos de lei em discussão na Casa que proíbem o fumo em recintos fechados de uso coletivo.
Em alta
O Senado aprovou, ontem, projeto de Lei do senador ALVARO DIAS que autoriza as cooperativas de crédito, as agrícolas e as agroindustriais, assim como associações de produtores rurais, a emitirem títulos da dívida de agronegócios.
Em baixa
O DEM se somou ontem ao PSDB e também pediu o afastamento de JOSÉ SARNEY (PMDB/AP) da presidência do Senado, agravando a crise na Casa e isolando ainda mais o ex-presidente da República.