A julgar pelos boatos, os dias do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) como líder do governo podem ter um fim precoce. Caso a substituição se confirme, Romanelli se tornará mais uma vítima da “fogueira de vaidades” que assola seu partido.
Autofagia
Os partidários da troca do líder do governo apontam uma pretensa falta de flexibilidade de Romanelli na articulação da base de situação. Pura desculpa. A “fritura” dele não passa de mais um sintoma da autofagia dos peemedebistas, que não se conformam quando alguém começa a ganhar destaque individual. O prefeito de Arapongas, Beto Pugliese (PMDB), está em rota de colisão com o tio, o deputado estadual Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembléia. O confronto teria começado porque Beto se recusa a seguir os princípios de Pugliesi, que tem histórico de esquerda, ao contrário do sobrinho.
Ne berlinda
E não é só na Assembléia Legislativa, a que o óleo da frigideira está fervendo. No Palácio Iguaçu, a lista dos que estão na berlinda aumenta a cada dia. E os motivos vão dos mais graves aos mais banais. Um secretário, por exemplo, está com a cabeça a prêmio porque respondeu “mal” algumas críticas. Outro porque não consegue explicar os gastos com jantares e viagens. O problema maior é que o governador não estaria conseguindo encontrar substitutos.
Mistério
Os deputados que compõe a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa querem saber o que motivou o governo a centralizar as autorizações para compra de medicamentos nas mãos do próprio governador. Desde que o decreto entrou em vigência acumulam-se problemas de atraso na liberação do pagamento de remédios de uso contínuo, como os utilizados pelos portadores da doença de Parkinson, que na quarta-feira fizeram uma manifestação dramática em frente ao Palácio Iguaçu.
No papel
Para desvendar o que aconteceu, a comissão de Saúde pediu à Secretaria da Saúde cópias de documentos sobre a compra de remédios pelo governo entre 2003 e 2006. Os parlamentares querem informações sobre todas licitações para compra de medicamentos.
Pela culatra
Um dos motivos para o governo colocar o projeto de lei que prevê o reajuste de 17,2% nos salários dos 55.858 professores estaduais do Paraná para ser votado em regime de urgência é para evitar mais problemas com os professores. Assessores acham que se a proposta for aprovada rápida, eles não poderão reclamar. O detalhe é que os professores analisarão a proposta já na quarta-feira, dia 25. Se o tiro sair pela culatra, será esta semana já.
Corpo-a-corpo
Com declaradas pretensões políticas futuras, o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira, tem se dedicado ao corpo-a-corpo com os professores e alunos da universidade, além de estudantes do segundo grau espalhados por todo o Estado. Ele criou um calendário de visitas a colégios do Estado para levar informação sobre vestibular e o processo de cotas para os alunos das escolas públicas de Curitiba.
Noivado
Dirigentes do PC do B, PT e PMDB assinam hoje, na Assembléia Legislativa, um protocolo de intenções válido nos 399 municípios do Paraná. A idéia é criar um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), que passaria a analisar o quadro político e adiantaria as alianças para as eleições de de 2008. Na prática, um noivado para segurar os parceiros.
Em alta
As comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na Câmara dos Deputados tentam acelerar a tramitação de projetos de lei de combate à violência para que sejam votados no Plenário da Câmara.
Em baixa
A Escola de Governo de amanhã tem início às 8 horas, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com uma apresentação da secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto. Depois é a vez do presidente do Lactec, Aldair Rizzi.