Trégua

Da Redação

Com o governador Roberto Requião em Cuba, a “escolinha” de hoje será comandada pelo vice-governador Orlando Pessuti. Ao contrário do titular, Pessuti não deve utilizar a transmissão da Rádio e TV Educativa para qualquer ataque à Justiça, ou protesto contra a suposta “censura”, até porque não é do seu feitio.

Tangente
Consta, aliás, que Requião e seu vice não se falam há tempos. O clima entre os dois não anda bem desde que o governador bombardeou as pretensões de Pessuti de disputar a sucessão para o governo em 2010. E teria piorado depois que o vice se recusou a gravar depoimento contra a decisão do desembargador Edgar Lippmann, do Tribunal Regional Federal, que proibiu o uso da RTVE como palanque para as “sandices” do governador.

Férias
O líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB) acredita que nas próximas duas semanas o Paraná voltará à tranqüilidade por conta da ausência de Requião. “Esse governador é uma usina de problemas. Ele arruma confusão todos os dias. Agora que ele resolveu tirar férias as pessoas ficam mais tranqüilas porque a crise viajou”, ironizou em referência esticadinha de Requião, que depois de Cuba, segue para uma semana de férias em Miami (EUA).

Vertedouro
O governo Requião divulgou ontem com estardalhaço que o Porto de Paranaguá teria economizado R$ 8,8 milhões com a recuperação de penhoras relativas a ações trabalhistas indevidas. Curiosamente, porém, dados do próprio governo mostram que só no ano passado, o Porto despendeu a bagatela de R$ 25 milhões com indenizações trabalhistas, sendo que entre 2004 e 2006, os gastos do mesmo Porto com esse tipo de ação variaram entre R$ 5,8 milhões (2006) e R$ 7,9 milhões.

Economia
Esses números trazem duas constatações: a chamada indústria das ações trabalhistas, que o Porto diz ter combatido e debelado na gestão do “segundo-irmão”, Eduardo Requião continua funcionando de vento em popa. E o conceito de “economia” do atual governo é no mínimo questionável.

Má impressão
Já a Imprensa Oficial – que recentemente justificou a produção de um jornal “chapa-branca” cantando loas a Requião e seu governo sob o princípio da “economicidade” gastou, entre 2006 e 2007, nada menos do que R$ 12 milhões com a contratação de gráficas particulares. Tudo sem licitação.

Na mira
A suplente de vereador da Capital, Márcia Schier (PMDB), promete entrar com pedido de cassação contra o vereador Pedro Paulo (PT). O recurso teria como base resolução do TSE, que determina que as coligações têm validade somente até o final da disputa eleitoral. Quando Stephanes Júnior (PMDB) se elegeu deputado estadual em 2006, o petista assumiu a cadeira na Câmara. Segundo o próprio Stephanes, a vaga pertence ao PMDB.

Exemplo
A atitude do líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) de “furar” as praças de pedágio em protesto contra as tarifas, e defender a “desobediência civil” contra as concessionárias animou alguns contribuintes paranaenses. Eles já estão pensando em adotar a mesma atitude em relação os impostos estaduais, como o IPVA, e partir para o calote.

Em alta
O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL adecidiu ontem pela cassação do primeiro político no Paraná por infidelidade partidária: o vereador Dilson Moraes, que trocou o PMDB pelo PR. Hoje julga o caso do vereador curitibano Tico Kuzma.

Em baixa
O líder da bancada do governo Requião na Assembléia, deputado LUIZ CLÁUDIO ROMANELLI (PMDB), furou três praças de pedágio no domingo. Deu um exemplo de como o governo Requião encara as leis e o respeito as mesmas.