Troco

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado

O governo do Estado anunciou ontem com estardalhaço que a  Digibrás, uma empresa do grupo CCE pretende construir uma fábrica de computadores na Lapa, região Metropolitana de Curitiba, em um investimento de R$ 7,5 milhões. Considerando que a CCE vendeu recentemente – através da Cequipel, maior doadora da última campanha do governador Roberto Requião (PMDB) – 22 mil televisores no valor total de mais de R$ 18 milhões para o governo paranaense, o investimento é até baixo. Só o dinheiro das TVs dava para construir duas fábricas dessa e ainda sobrava um troco.


Vergonha
Deputado federal há menos de dois meses, Marcelo Almeida fez sua estréia na tribuna da Câmara na sexta-feira, afirmando que as denúncias contra os senadores Renan Calheiros e Joaquim Roriz envergonham o Congresso Nacional. Roriz foi o principal alvo das críticas do deputado paranaense. “Ele debochou da Nação ao dizer que vai se ajoelhar e rezar por seus acusadores”, desabafou.


Arranhado
Para Almeida, o PMDB – seu partido – está com sua imagem arranhada em razão do posicionamento do partido e de seus integrantes em relação a esses dois escândalos. “Vivemos uma crise de falta de vergonha, de ética e de educação. Os membros deste Parlamento precisam dar melhor exemplo moral para a Nação. Do contrário, do que adianta falar em um novo país”, defendeu.


Majoritário
O presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, defendeu na sexta-feira, em palestra no Tribunal de Contas do Paraná, em Curitiba, que a reforma política em discussão no Congresso Nacional adote o voto majoritário para as eleições legislativas. Nesse sistema, seriam eleitos os candidatos mais votados até o preenchimento das vagas existentes, diferentemente do que acontece hoje, no sistema de voto proporcional, quando é considerada a regra do quociente eleitoral.“O povo não entende como um deputado com 80 mil votos não é eleito e outro, com apenas 245 votos, é eleito”, disse.


Nada a ver
A Engemix, empresa do ramo de cimento ligada ao grupo Votorantim, esclarece a respeito de reportagem publicada pelo Jornal do Estado na última sexta-feira, que não tem nada a ver com a Engevix Engenharia, empresa envolvida na operação Navalha, da Polícia Federal, que investiga um esquema de fraudes em licitações de obras públicas e doadora da última campanha do governador Roberto Requião (PMDB), que mantém contratos com a Copel. A confusão foi motivada pelo fato do PMDB ter atribuído incorretamente, na prestação de contas da campanha à Justiça Eleitoral, a doação à Engemix, apesar de relacionar o número do CNPJ da Engevix.


Força
Em reunião na manhã de sexta-feira, lideranças sindicais da Força Sindical do Paraná decidiram que vão convocar os principais partidos políticos para discutir as eleições municipais do ano que vem. O objetivo é conhecer seus projetos para a disputa de 2008 e ver o espaço que cada um deles abriria para os líderes da entidade sindical, em caso de filiação.


Contingente
A central se apresenta como uma entidade pluripartidária. Serão convocadas para as reuniões os seguintes partidos: PSDB, PT, PPS, PMDB, DEM, PDT, PTB e PCdoB. A Força Sindical do Paraná reúne 110 sindicatos que representam, na base, aproximadamente um milhão de trabalhadores. Na Grande Curitiba, a central congrega entidades que representam, ao todo, 700 mil trabalhadores.


Em alta
A Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte, da Secretaria Municipal do Urbanismo, concedeu alvará de liberação para a realização do show de Ivete Sangalo e banda, na Pedreira Paulo Leminski, neste domingo, 1º de julho, a partir das 19h30.


 


Em baixa
O Ministério Público do Paraná ajuizou ação civil pública contra a Secretaria de Segurança Pública. Ele pede a anulação judicial, com conseqüente retificação, de edital de concurso público para Policial Civil,e a devida reserva legal de vagas para pessoas com deficiência.