O governador Requião (PMDB) estaria furioso com a atitude da direção da Assembleia Legislativa, que mantém engavetada há mais de um ano a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que obriga os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – além do Ministério Público e Tribunal de Contas, de publicarem mensalmente na internet seus gastos com pessoal e verbas de representação. Em julho, Requião chegou a pedir regime de urgência para o assunto, mas foi solenemente ignorado pelos deputados.
Pauta cheia
O presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM) reafirmou ontem que não pretende colocar a PEC do governador em votação. E que o assunto “não é prioridade” da Casa, que teria questões mais importantes para cuidar. Coincidentemente, a pauta de votação de ontem tinha sete projetos, sendo seis de concessão de títulos de utilidade pública a entidades filantrópicas, e outro que institui o dia de prevenção à doença renal.
Discurso
Para piorar a situação, o líder do governo Requião na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), não demonstra qualquer interesse em cobrar a votação da proposta do chefe. Ontem, Romanelli chegou a afirmar que a pressão por mais transparência não passaria de um “discurso político falso”, construído por setores da imprensa e entidades como a ONG Transparência. Questionado sobre se esse discurso falso incluía Requião, autor da PEC, o líder governista desconversou.
Jeitinho
Depois de causar “azia” no governador Requião, ao dizer que o PT estava pronto para desembarcar na campanha de Osmar Dias ao governo, e lembrar que sem o apoio de Lula, o peemedebista não teria sido reeleito em 2006, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, evitou ontem comentar o assunto. Diz que só quem fala pelo PT é a presidente estadual do partido, Gleisi Hoffmann, sua esposa. E que ela, por ser “mais jeitosa”, já teria acalmado Requião.
Vesgo
Já Osmar Dias diz que por enquanto, não há nem rompimento com o PSDB, nem aliança fechada com o PT. E que ele aprendeu que aliança fechada com muita antecedência – “por experiência própria” – acaba tendo problemas. “Tem muito leitão vesgo por aí”, disse, explicando que o leitão vesgo é aquele que enquanto “mama em uma teta, está com o olho na outra”.
A pé
Vereadores da Câmara Municipal de Curitiba vão dar exemplo hoje, no “Dia sem Carro”, em decorrência da Semana Nacional do Trânsito. Às 12h30, vários deles saem a pé do Shopping Popular do Capão Raso, com destino à Câmara. Parte do trajeto será feito de ônibus para incentivar o uso do transporte coletivo.
Listinha
Até ontem à tarde, a lista com os vereadores que fariam a caminhada contava apenas com os nomes de Tico Kuzma (PSB), Roberto Hinça (PDT), João do Suco (PSDB), Pedro Paulo (PT) e Francisco Garcez (PSDB). A Câmara destacou o vereador Professor Galdino (sem partido), que usa sempre bicicleta para se locomover na cidade.
Plano de saúde
O juiz de Direito da 10ª Vara Cível de Curitiba, Luciano Carrasco Falavinha Souza, proferiu sentença onde julga procedente o pedido efetuado pelo comerciante curitibano T.H. e obriga a Unimed a cobrir as despesas de tratamento de câncer do paciente, sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil. Contribuindo com o plano de saúde há mais de dez anos , T.H. enfrentou problemas ao se deparar com um sério câncer de próstata e tentar acionar a Unimed, uma vez que a doença demandava tratamento urgente.
Agenda
O prefeito Beto Richa assina hoje, no Dia Mundial Sem Carro, decreto criando o Fórum Municipal de Mudanças Climática,c omposto por representantes da sociedade, como universidades, organizações não governamentais e representantes do setor produtivo.
Em alta
A Câmara de Curitiba aprovou por unanimidade, projeto da vereadora Julieta Reis (DEM) que altera lei sobre o comércio ambulante e atividades afins. A matéria, se aprovada em segundo turno, hoje, segue para análise no Executivo.
Em baixa
O ex-dirigente da Renault Flávio Briatore foi banido da Fórmula 1 ontem após o escândalo envolvendo a escuderia francesa no GP de Cingapura do ano passado. Já a equipe foi punida com uma suspensão de dois anos. mas não terá que cumprir a pena.