Paraná
pseudo-lesbico O Paraná já contava com dois governadores
homoeróticos em sua História e agora ganhou um pseudo-lésbica. Para quem não
sabe o que homoerótico significa, vamos usar o velho bordão do Bamerindus:
“Gente que faz”. Bem , agora, veio a frase do Requião dizendo que tem um lado
feminino lésbico. Bela frase, se ele não tivesse chamado a presidente da
Associação Paranaense do Ministério Público (APMP), Maria Tereza Uille, de
Rainha de Copas. Ela chamou então Requião de Alice no País das Maravilhas. “Meu
lado feminino se chama Alice e ele é lésbico, pode perguntar aos meus
motoristas”, retrucou o governador. Bate-boca super mal resolvido, sexualmente
falando.
Ultimamente, nosso
governador tem sido bastante contido até. As reações enérgicas dele, às vezes
tidas como fora de controle, seriam chamadas no meio homossexual de “baixou o
espírito da travesti”. As travestis têm fama de serem agressivas quando
provocadas, mais um preconceito, mas se ele tem lado feminino lésbico, pode ser
que tenha lado guerreiro de travesti. Nada sexual, apenas uma observação. Aliás,
muita gente discrimina a travesti mas elas têm que ser muito macho para fazer o
que fazem. Seria um elogio. Infelizmente por falta de oportunidades de trabalho
elas caem na prostituição, mas não é uma regra, é um problema social que não
recebe a merecida atenção.
Conta uma lenda que um dos
governadores chegou ao Palácio Iguaçu e mandou dar fim aos pavões que viviam nos
jardins. Segundo Jô Soares revelou em um de seus programas, ele teria dito “não
quero bicho nenhum com rabo mais enfeitado que o meu por aqui”. O pior é que
ninguém ousa tirar os ditos cujos do armário (tem outro…). Como me mudei para
o Paraná em 1997, há exatos 10 anos, não vou me meter em coisa antiga. Mas é
sabido que são homens de família.
A prefeitura também já teve
diversos gays, em vários cargos importantes, assim como a Câmara Municipal ainda
hoje conta com gays e lésbicas. Prefeito gay, vereador gay, assessor gay já
perdi as contas. E atualmente são muitos os gays concursados que servem ao
estado e ao município e não se assumem, com medo de uma transferência súbita
para outro setor. Vale lembrar que estes “operários padrão” não têm o
reconhecimento de seus companheiros como dependentes, graças à ineficiência das
nossas leis. Quando transito por essas casas sempre um novo gay se revela, como
que saído de lugar nenhum. É assustador… parece que vivemos em guerra e essas
pessoas precisam se esconder do Terceiro Reich.
A Assembléia também tem um
monte de Gente que Faz, mas gente que assume que é bom: niente, nada! Aliás, tem
gabinete que os meninos estagiários são escolhidos a dedo. Na sede da prefeitura
não rola muita coisa, tem até culto evangélico semanal por lá. Não sei se não
fizeram algum exorcismo por lá. Mas tudo bem, tem pastor gay também! E a
ciclovia do Centro Cívico ferve depois das 18h.
Resumindo: O tempo passa, o
tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa. As coisas não mudam muito.
Hipocrisia total sobre o assunto, até dos que fazem e não querem ajudar os que
precisam. Gays continuam a viver vidas duplas, pessoas públicas não se assumem
por medo de serem rejeitadas e gays continuam sendo expulsos de casa e apanhando
nas ruas. O pobre cada vez mais pobre, o rico cada vez mais rico e a classe
média, ó… Nascer no Brasil Gay, Pobre, Negro e com Alguma Deficiência… vai
precisar ralar muito. Pior ainda se for paranista…
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* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Allan Johan
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