Em épocas de preços altos e também de pouco tempo para se dedicar ao preparo de comida, congelar alimentos pode ser uma saída para quem quer economizar no dia a dia. Uma forma de gastar menos na compra de frutas e legumes, por exemplo, é ficar de olho nos alimentos da estação, normalmente vendidos com melhores preços. Um outro ponto em que o hábito de congelar alimentos pode ajudar é a redução do desperdício.
Frutas e vegetais devem fazer parte de nosso cardápio de duas a três vezes por dia, porém, na correria da rotina, fica difícil se alimentar corretamente. O processo de congelamento permite mais tempo para programar o uso dos alimentos, além disso, se preparada com antecedência, levar uma fruta para o trabalho ou faculdade fica muito mais fácil.
O congelamento de alimentos é simples, porém, para manter todas as suas propriedades, devemos tomar alguns cuidados. Além disso, preste atenção à indicação do prazo máximo de conservação para um consumo seguro. As opções de embalagens para congelar alimentos são muitas. Porém, o mais importante é que elas deve ser fechadas hermeticamente e, de preferência, sem que o alimento fique em contato com o ar (a chamada embalagem à vácuo).
Independente do recipiente escolhido para congelar os alimentos, é indicado etiquetar todos eles para ter maior controle da validade de cada um. Você pode fazer etiquetas a mão, imprimir alguns modelos ou personalizar os seus.
Alimentos congelados
O congelamento de alimentos é simples, porém, para manter todas as suas propriedades, deve-se tomar alguns cuidados
Frutas
Com exceção da banana e da pera d’água, todas as frutas se adaptam muito bem ao processo de congelar e descongelar. O segredo é lavá-las muito bem, secar, descascar (as que necessitarem), retirar as sementes, picar ou ralar e embalar da forma mais conveniente para a sua utilização.
As frutas podem ser congeladas in natura, cozidas, em calda ou purê. Cada preparo altera o tempo de validade do alimento após ser con gelado, mas a praticidade do produto é um alívio para quem vive um dia a dia agitado.
Frutas que escurecem não devem ser congeladas inteiras, como abacate, maçã, nectarina e pêssego. Para isso, após lavar e pic ar, acrescente uma colher de sopa de limão antes de congelar. O ácido fará com que ela fique com a coloração natural após ser descongelada.
É indicado que as frutas sejam descongeladas em temperatura ambiente ou na geladeira por, no máximo, 4 horas. Congele as frutas maduras e sem danos. As delicadas como morangos e uvas, devem ser congeladas individualmente. Separe-as num prato e leve-as ao congelador. Após congeladas, mude-as para um saco plástico. Prazo: até 12 meses.
Laticínios
O leite e os iogurtes ganham grânulos quando congelados. O queijo minas frescal não deve ser congelado. Já prato, muçarela, estepe, camembert e brie mantêm as propriedades, assim como a manteiga. Prazo: queijos, até oito meses, e manteiga, até seis meses.
Legumes e hortaliças
As leguminosas, diferente das verduras que serão consumidas cruas (como alface, por exemplo), podem ser congeladas sem problemas. Para manter os nutrientes, os vegetais devem ser branqueados (ou escaldados) antes do congelamento, para evitar perda cor, textura e sabor, além de facilitar o preparo de pratos após descongelar. processo é simples: cozinhe-os até que fiquem al dente antes de levá-los ao freezer. A proporção é de um litro de água para cada 100g de vegetais e o tempo de cozimento varia de acordo com a textura do alimento. Após branqueá-los, retire os vegetais da água quente e coloque-os em água com gelo, para interromper o processo de cozimento. Em seguida é só escorrer e congelar. Hortaliças que são consumidas cruas não devem ser congeladas. Prazo: até 12 meses.
Peixes e frutos do mar
Estes produtis se degradam depressa, por isso só congele aqueles que considerar frescos. Se desconfiar que já foram congelados antes na peixaria, apenas podem ir para o congelador depois de cozidos. Prazo: peixe magro, até seis meses, e gordo, como também os frutos do mar, até três meses.
Temperos e ervas
Os temperos como salsinha, cebolinha, coentro, salsa e hortelã podem ser congelados em infusão de azeite ou óleo, o que facilita a utilização para preparar pratos salgados. O processo é o mesmo: lavar, secar e picar as ervas. Em seguida é só acrescentar o azeite ou óleo ao ingrediente já picado e separar em pequenas porções. Uma boa dica é utilizar as forminhas de gelo para congelar todos os seus temperos frescos. Se preferir congelá-los in natura, lave, seque e pique, coloque em embalagem própria e leve ao freezer. Prazo: até três meses.
Alimentos prontos
Os alimentos já prontos devem ser congelados em pequenas porções. Caso você cozinhe com a intenção de congelar o excedente, evite sal e especiarias em excesso. Os condimentos podem alterar o sabor durante a conser vação. Prazo: até três meses.
Pães e bolos
Se eles acabaram de sair do forno, devem ser esfriados antes do congelamento. Eles também podem ser congelados em forma de massa crua, desde que acrescente um terço a mais do fermento necessário da receita. Prazo: até seis meses.
Carnes e embutidos
As carnes, brancas e vermelhas, precisam ser congeladas frescas e não devem ser temperadas antes do congelamento, para evitar a proliferação de bactérias ou contaminação do alimento. Elas devem ser limpas, fatiadas ou picadas e separadas em porções, para facilitar a utilização depois. Congele-as logo que chegar em casa, após as compras. Retire os ossos e a gordura em excesso e guarde as carnes em pequenas porções. Prazo: os pedaços com gordura podem ficar congelados por, no máximo, dois meses. Já os sem gordura podem durar até dez meses no congelador.