A eficácia de desinfetantes foi avaliada pela equipe da Pro Teste. A conclusão é de que eles realmente combatem as bactérias, conforme o anunciado na embalagem, mas há poréns quanto a função germícida e fungícida. Foram testadas 10 marcas com fragrância de lavanda para verificar se eles eliminam germes e fungos. Porém, alguns não são tão eficazes contra a sujeira pesada a ponto de agilizar e reduzir o trabalho de quem limpa. Além disso, algumas embalagens oferecem riscos à família.
Os limpadores de uso geral se propõem a dar mais praticidade à árdua tarefa de limpar a casa ou ambiente de trabalho. A grande vantagem desses produtos é a versatilidade, podendo ser utilizados contra diversos tipos de sujeira, em diversas superfícies e cômodos. Mas a maioria dos limpadores de uso geral é incapaz de eliminar bactérias — microrganismos que não são visíveis a olho nu e podem prejudicar a saúde da sua família. Então, muitas vezes o uso de um bactericida é indispensável.
Na avaliação da rotulagem, a equipe constatou que faltam advertências sobre o uso. É importante que a embalagem desse tipo de produto apresente advertências em relação ao uso (dizendo que pode causar irritação aos olhos e à pele ou que não deve ser ingerido, por exemplo) e sobre modo de uso, tempo de espera para desinfetar, entre outros. Os desinfetantes Rio, Scarlim e Polar não apresentam frases em destaque relacionadas ao risco. Rio e Polar também não indicam a quantidade de diluição ideal para o uso, nem outras frases que deveriam estar em destaque. O Minuano não indica a finalidade do produto (uso geral).
Já nas embalagens, foram constatados problemas que colocam a família em risco. Nenhuma das garrafas de desinfetante, embora contenham um produto tóxico, possui trava de segurança, podendo ser facilmente abertas e o conteúdo ingerido por crianças. Além disso, algumas garrafas não são à prova de queda: Lysol, Rio, Minuano e Pinho Bril aprentaram rachaduras.
Foram avaliados os desinfetantes Ypê Pinho, Pinho Sol Citrus, Scarlim, Lysol, Pinho Bril, Minuano Perfumado, San Pic, Kalipto, Polar e Rio. Os produtos foram comprados em super e hipermercados de Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Florianópolis, Guarulhos, Jaboatão dos Guararapes, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Como foi realizado o teste
Rotulagem
Nos rótulos foram avaliados se eles continham as informações exigidas pela legislação, como frases relacionadas com a classe de risco e restrições de uso, modo de usar, indicação sobre a proporção de diluição, o tempo de contato de 10 minutos para desinfetar, as limitações de uso, os cuidados para a conservação, os nomes químicos e respectivos teores dos princípios ativos, frases de advertência e primeiros socorros, lote, datas de fabricação e validade, os dados do fabricante e o telefone do SAC e do centro de intoxicação.
Embalagem
Foram observados a segurança e a rigidez das embalagens.
Remoção da sujeira
Uma área de 60×60 centímetros foi coberta com duas misturas de sujeira padronizadas, compreendendo uma fase gordurosa e outra de água com farinha, distribuídas homogeneamente sobre a superfície, que permaneceu desprotegida durante 45 minutos. Então, para avaliar a eficiência dos produtos, um pano com a ajuda de um rodo para esfregar foi utilizado.
Ação antimicrobiana
Foram feitas duas simulações: uma pelo método técnico e outra simulando uma situação real. Isso porque as metodologias técnicas não representam bem as condições reais de uso desses produtos. No método técnico, as bactérias são mergulhadas no desinfetante; já na avaliação do uso real, um pouco de desinfetante foi jogado no chão e depois passado pano ou enxaguado. Além disso, o protocolo técnico se restringe ao teste com duas bactérias, enquanto na situação real a variedade de germes nocivos é muito maior, incluindo a presença de fungos.
Painel de usuários
Os voluntários observaram se os produtos causam irritação à pele e se agradam no uso.
Consumidor