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Os furtos de celulares são comuns no Brasil e principalmente em São Paulo, maior cidade do país. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram registrados 3.486 roubos ou furtos de celulares durante o Carnaval de 2023. Já, em 2022, o aumento foi de 34,81% em relação ao ano anterior, e a média mensal de roubos dos aparelhos no estado foi de 9.734 registros, segundo o levantamento do Departamento de Economia do Crime, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).

Quando os aparelhos não têm bloqueio de tela, o criminoso tem acesso às contas bancárias da vítima, podendo, inclusive, pedir empréstimos de altos valores. Além da interceptação de dados por meio desses dispositivos, há outras fraudes envolvendo pedidos de crédito, podendo causar grandes prejuízos para as vítimas.

“São casos cada vez mais comuns e há diversas formas de um estelionatário conseguir solicitar um empréstimo em nome de outra pessoa. Quando isso acontecer, o mais indicado é registrar um boletim de ocorrência imediatamente e, se for possível ter acesso a uma cópia da solicitação do empréstimo, incluí-la no B.O. Depois, vem a parte burocrática: falar com o credor. É necessário ter uma cópia do registro de ocorrência e sugiro o cuidado de anotar todos os protocolos de atendimento, além do nome dos atendentes”, orienta Túlio Matos, co-fundador e CEO da iCred, fintech sergipana especializada em facilitar o empréstimo consignado.

O executivo explica que o comum é a financeira ou o banco credor pedirem um prazo para analisar a documentação e as informações passadas pelo solicitante. Contudo, ele alerta que esse prazo precisa ser claro, de quantos dias serão. Se ele se alongar, Matos sugere ir à agência física da instituição, caso ela exista, para falar diretamente com a gerência. Se não for possível, o ideal é acionar um advogado para que o empréstimo seja suspenso. 

“A pessoa que tiver sido assaltada ou furtada estará estressada e com muitos problemas para resolver, mas é importante que ela fique alerta para não cair em golpes. Como a maior parte das conversas hoje acontecem pelo WhatsApp, outro risco possível é que, depois de comprar um novo aparelho, a vítima seja chamada pelo ladrão no aplicativo de mensagens, se passando por funcionário do banco, pedindo senha ou documentos. Nunca se deve passar nada a desconhecidos”, finaliza o executivo.