
O comércio eletrônico deve faturar R$ 2,43 bilhões durante a Black Friday no próximo dia 23, alta de 15% em relação a 2017, aponta a estimativa da Ebit|Nielsen. O número de pedidos deve registrar expansão de 6,4%, de 3,76 milhões para 4 milhões. O tíquete médio deverá ser de R$ 607,50, alta de 8%.
A Black Friday é a principal data do calendário do e-commerce brasileiro. A pesquisa da empresa aponta que 88,6% dos e-consumidores têm intenção de comprar na ocasião – alta de cerca de oito pontos percentuais em relação à pesquisa de expectativa de consumo realizada no ano passado.
O e-commerce continua como o principal canal de venda durante a data. Em 2017, 52% das pessoas entrevistadas fizeram suas compras em uma loja online e 57% delas pesquisaram os produtos de interesse online antes de concluir a aquisição.
Para 39% dos consumidores, confiança na marca é determinante na escolha, seguido de menor prazo de entrega, citado por 28% das pessoas.
Entre o comportamento dos e-consumidores, 46% afirmaram que vão fazer suas compras na sexta-feira (23), 22% indicaram que preferem comprar entre os dias 24 e 30 de novembro, e 13% preferem garimpar promoções pré-Black Friday entre os dias 16 e 22 do mês.
Objetos de desejo
As dez categorias mais desejadas pelo e-consumidor na Black Friday são:
- Eletrônicos
- Eletrodomésticos
- Smartphones
- Informática
- Moda e acessórios
- Cosméticos e perfumaria
- Casa e decoração
- Livros
- Brinquedos e games
- Esporte e Lazer
Como aproveitar a Black Friday e não ser vítima da black fraude
A TopperMinds, empresa que modela negócios e soluções digitais, tem dicas importantes para o consumidor, que já se prepara para comprar o que precisa na maior campanha de varejo antes do natal. O consultor de planejamento e estratégia, Marcos Freitas, lista algumas dicas:
1. A Black Friday, por causa de um movimento dos lojistas de quererem ganhar clientes antes do seus concorrentes, está mais diluída em novembro. Ela não ocorre mais apenas na sexta-feira e sim durante a semana ou até antes (o famoso “Black Month”, “Black Week” e derivados). E muitas vezes o melhor negócio não está na sexta-feira e sim antes. Então, caso um produto que a pessoa queira comprar atinja o preço esperado antes da sexta-feira, há chances dele não abaixar o preço depois.
2. As lojas, especialmente os grandes varejistas online (Submarino, Magazine Luiza, Ponto Frio e outros) também no intuito de quererem atrair clientes e estimular a compra, criam muitas mecânicas de “promoções relâmpago”. Algumas vezes elas valem a pena, porém sempre pesquise antes em outras lojas o mesmo produto.
3. Olhar sempre comparadores de preço, como Zoom e Buscapé. Ele são os melhores aliados do consumidor, especialmente o Zoom que possuí em todos produtos um gráfico mostrando o histórico de preço ao longo dos últimos 40 dias e seis meses. Se o produto tiver recentemente subido de preço e abaixado na Black Friday, voltando ao preço anterior, esse é um indício que é a famosa promoção “metade do dobro”.
4. Varejistas utilizam muito e-mail marketing para divulgar os descontos da Black Friday, muitas vezes com uma dinâmica de descontos exclusivos para aqueles que abrem o e-mail marketing. Portanto, vale a pena se inscrever em algumas newsletters e ficar de olho na caixa de entrada de e-mail.
5. Aplicativos de varejistas também são uma ótima forma para o consumidor se manter informado e receber em primeira mão notificações de ofertas da Black Friday. O e-commerce brasileiro se movendo em peso ao mobile e isso reflete na atenção que os varejistas dão aos aplicativos, os quais consideram essenciais para manter um relacionamento próximo com o consumidor. Tanto que muitos deles fazem promoções de Black Friday exclusivas para quem comprar via app.
6. Utilizar o cartão de crédito virtual é uma excelente forma de criar mais uma camada de segurança para quem está comprando pela primeira vez ou tem receio em relação ao lugar que está comprando.
7. Olhar o Reclame Aqui é também uma atitude recomendável, especialmente para uma loja que parece confiável, porém que a pessoa não tem muito conhecimento sobre.
8. Ao comprar em lojas menores, o consumidor deve dar preferência a aquelas que possuem um tipo de sistema de pagamento como PagSeguro, PayPal ou MercadoPago, pois dessa forma existe um outro intermediário no processo da compra que tem como garantir tanto a segurança dos dados do cliente como interferir em prol do cliente caso dê algum problema.
9. Atualmente os grandes varejistas estão muito bem estruturados para suportarem as demandas da Black Friday, especialmente em relação a prazo de entrega ser cumprido e a capacidade do site suportar milhões de acessos simultâneos. A chance do consumidor ter problemas diminuiu muito, mas casos isolados irão ocorrer.
10. A medida que a data se tornou cada vez maior existiu um grande investimento do mercado de e-commerce como tudo, de lojistas até fornecedores de tecnologia, escolas e outros, para educar e preparar o varejista para a Black Friday. Então até os pequenos e médios varejistas hoje já estão muito melhores preparados e a chance do cliente ter problemas é bem menor. Mas claro, problemas sempre ocorrem e por causa disso é extremamente recomendável olhar a lista que o Procon-SP divulga anualmente de sites para serem evitados: https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php