Supermercados de Curitiba têm menores preços médios do País

Pro Teste pesquisou 102 mil preços em 782 estabelecimentos de 13 capitais

Ana Ehlert, do Jornal do Estado

Os super e hipermercados de Curitiba têm os menores preços médios, segundo pesquisa da Pro Teste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor realizada em 13 cidades brasileiras. A conclusão resulta da pesquisa de 102 mil preços praticados em 787 estabelecimentos — hipermercados, supermercados, lojas de conveniência e lojas virtuais. Foram considerados os itens alimentícios consumidos em casa, de higiene pessoal e limpeza, conforme relação da Pequisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que respondem por 31% do consumo familiar do País.

Em Curitiba, a Cesta 1 (97 produtos de marcas líderes, carnes, frutas, verduras e legumes) mais barata está no Mercadorama da Rua Bom Jesus, 159, no bairro Juvevê. A Cesta 2 (83 produtos com as marcas mais baratas, sem carne, peixe, frutas, legumes e verduras) está na loja do Big do Capão Raso.

As lojas de uma mesma rede também têm preços diferentes. A rede Mercadorama, por exemplo, na Região Sul da cidade, tem preços iguais para a cesta 1; mas na unidade da Avenida República Argentina, 4917, os preços podem ficar 4% mais caros. Os mesmos itens na loja do Mercadorama da Avenida Sete de Setembro, 4568 são 7% mais caros e na unidade da Rua 24 de Maio, 765, custam até 8% mais caros.
Metodologia — Foram simuladas duas cestas de compras, que equivalem a dois perfis de consumidor, de acordo com os dados da POF/IBGE. Na cesta 1, com 97 itens, estão incluídos cereais, leguminosas e oleaginosas; farinhas, féculas e massas; açúcares e derivados; bebidas; higiene; limpeza; bazar; frutas e verduras; carnes e outros produtos alimentares. Ela foi subdividade em mercearia (só alimentos não perecíveis, bebidas e produtos de bazar), higiene pessoal e limpeza doméstica, além de carnes, legumes e frutas.

A cesta 2 é formada por 83 produtos da marca mais barata. Essa composição não inclui carnes, peixes, frutas e legumes. No levantamento foi evitado a compra em dias de promoção.

Para calcular o custo de cada cesta, foi feita uma ponderação, com base na POF/IBGE, de acordo com o peso de cada produto nos hábitos de consumo do brasileiro.

Universo — Além de Curitiba, São Paulo e Porto Alegre também apresentaram as menores médias.As maiores médias ficaram em Florianópolis (SC) e Brasília. Foram avaliados os preços praticados no Rio de Janeiro, em Niterói, São Paulo,  Guarulhos (SP), Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Olinda, Jaboatão dos Guararapes (PE) e no Recife.

Em Curitiba, assim como nas demais cidades, a compra pela internet também sai mais cara. O motivo são as taxas de entrega cobradas que podem chegar a R$ 10,80, caso do Big, para Florianópolis. Fazendo a análise dos extremos encontrados em Curitiba, a escolha do local mais barato e de uma loja de conveniência — a mais cara — para a cesta 2, que é formada por 83 itens de menor preço, resultará em uma economia de R$ 1.104,00. Já para a cesta 1, formada por 97 itens de marcas líderes, a economia anual é de R$ 576.