O queijo minas frescal (também chamado de queijo branco) é figura obrigatória dos cardápios de dietas. Porém, um teste do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que quem está de olho na balança e aposta nesse tipo de queijo deve ficar atento. O Idec testou em laboratório 25 amostras desse queijo (de 15 marcas diferentes) e verificou que os teores de gorduras, proteínas e sódio presentes nos produtos são diferentes daqueles declarados no rótulo. Todas as amostras informam errado a quantidade de, pelo menos, um nutriente. Ou seja, todos foram reprovados por informar o consumidor incorretamente sobre a composição do produto.

As maiores variações entre o valor do rótulo e o real foram identificadas nos queijos light. O pior caso foi o do Dia Light, que tem 932% a mais de gorduras totais em relação ao que é declarado na embalagem. O rótulo informa que uma porção de 30 g do alimento tem apenas 0,5 g desse nutriente, mas, na verdade, contém 5,16 g, segundo apontou a pesquisa do Idec. No geral, os produtos apresentam discrepância em mais de um nutriente. O queijo Santiago Light, por exemplo, informa valores muito diferentes do que realmente têm em sua composição para gorduras totais, saturadas e insaturadas, e sódio.
Teste — Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, foram analisadas em laboratório 15 marcas de queijo minas frescal tradicional, sendo que, de nove marcas, foram avaliadas as versões integral e light, e das demais apenas a versão integral, totalizando 25 amostras. Os queijos avaliados foram: Almeida, Almeida Light, Cana do Reino, Cascata, Cascata Light, Cristina, Cristina Light, Cruzília, Dia, Dia Light, Fazenda Bela Vista, Ipanema, Ipanema Light, Montesanina, Puríssimo, Puríssimo Light, Quatá, Quatá Light, Santa Clara 85%, Santa Clara SanBios, Santiago, Santiago Light, Tirolez, Tirolez Light e Vernizzi. O teste foi realizado com o apoio do Fundo de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça.