PAULO PEIXOTO BELO HORIZONTE, MG – Os torcedores brasileiros que foram ao Mineirão na tarde deste sábado (28) saíram do estádio com sentimentos distintos: alívio, esperança e dúvida. “Estou aliviado, mas com medo do final disso tudo. O Brasil jogou hoje o que era esperado”, disse o mecânico Adalto Siqueira, 25, que contava com a vitória, mas não um futebol exuberante. A previsibilidade, para ele, é uma marca do time de Felipão: a seleção joga mal. Já a servidora pública Bethania Lima, 32, tem opinião contrária. A torcedora considera o Brasil imprevisível, porque nunca se sabe como estará no dia do jogo. Ela, porém, vê uma ponta de esperança no futuro do time de Felipão pelo fato de ser uma seleção com histórico vencedor. “Esse é o ponto positivo do Brasil, na competição o time cresce”, afirmou Bethania. O médico Rafael Montovani, 36, viu pela primeira vez um jogo da seleção. “Deixo o Mineirão com sentimento de alívio total. Nunca achei que íamos passar tanto sufoco”, contou. Para ele, o treinador precisa “deixar de proteger jogador do time que é criticado por jogar mal”. “Tem que mexer no time, temos problemas no meio e nas laterais”, declarou Mantovani. O engenheiro paulista Floriano Fernandes, 33, disse que estava voltando para São Paulo com a sensação de felicidade. “Foi muita emoção, eu até chorei. Melhor ainda é porque tinha uma menina bonita do meu lado que disse que me beijaria se o Brasil vencesse nos pênaltis. Ela me beijou”, relatou Fernandes, sob os olhares desconfiados de um amigo. “Me beijou”, reafirmou Fernandes, que acredita no título brasileiro frente à Argentina. A médica Paula Jaegger, 29, afirmou que tem “esperança” na seleção do Brasil. “O time jogou com garra. Tem que fazer alguns ajustes, mas acredito nesse time.”