ALEX SABINO, ENVIADO ESPECIAL RIO DE JANEIRO, RJ – Joachim Löw passou os últimos dias analisando o que a Argentina pode apresentar na decisão do Mundial neste domingo (13), no Maracanã. Sabe que o adversário mudou a forma de jogar durante o torneio. Começou a atuar de maneira mais defensiva, com dois volantes de mais marcação (Mascherano e Biglia). O treinador alemão formulou até uma hipótese para o comportamento do adversário da decisão. “Acho que eles podem atacar no começo e depois recuar. Um dos pontos fortes da Argentina é fazer a transição de forma muito rápida. Higuaín e Messi são dois jogadores que ficam aguardando a bola para sair em velocidade. Eles já mostraram que podem ser bem estáveis com oito ou nove jogadores recuados”, analisou. A Alemanha pode fazer história não apenas por chegar ao quarto título mundial. Pode ser a primeira seleção europeia a ficar com a taça em Copa disputada no continente americano. Seria também uma recompensa ao trabalho de renovação iniciado por Jurgen Klinsmann, após o fracasso na Eurocopa de 2004. Naquela época, Löw era assistente técnico. “Para mim, amanhã [a final] não será o desafio mais importante. Todo jogo eliminatório é importante. Você tem de ganhar para continuar. Eu acredito que nosso time amadureceu nos últimos meses e durante esta competição. Nos últimos jogos, melhoramos cada vez mais. Mesmo que sejamos derrotados, o que não acredito que vai acontecer, este time do futebol alemão tem futuro. Temos potencial para continuar no topo por muitos anos”, fez questão de frisar. O ápice do desempenho foi a goleada de 7 a 1 aplicada no Brasil, na semifinal. O que o treinador descarta qualquer possibilidade de se repetir diante dos argentinos. “A Argentina mostrou rendimento excelente até agora, estão mais organizados e com uma defesa mais forte. Se você acha que a Argentina é só Messi, está cometendo um erro grave. Tem Higuaín, Di María, Aguero…. Este time não depende apenas do Messi”, finalizou.
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