ALEX SABINO, ENVIADO ESPECIAL RIO DE JANEIRO, RJ – Alejandro Sabella não gosta de complicar o que é simples. Não elabora demais explicações dentro de sua filosofia de que futebol não é um jogo tão complexo assim. Em uma simples frase, o técnico disse o que a Argentina precisa fazer para derrotar a Alemanha neste domingo (13), no Maracanã, e sair campeã do mundo pela terceira vez. “Temos de fazer a partida perfeita.” Ele vê semelhanças com a Argentina de 1986, que derrotou os alemães na final. Um time arrumado taticamente com um camisa 10 que estava acima da média. Antes era Maradona. Agora é Messi. Sabella se recusou a dar qualquer informação concreta sobre a lesão de Ángel Di María. Com problema muscular na coxa direita, o meia não atuou na semifinal contra a Holanda e é séria dúvida para a decisão. Se não atuar, entra Enzo Pérez. A preocupação com a Alemanha é porque, na visão do técnico, o adversário é quase perfeito. Por causa disso, deve apostar na mesma formação mais cautelosa utilizada em todas os confrontos eliminatórios, a partir das oitavas de final. Com dois volantes de marcação (Mascherano e Biglia) e Lavezzi no papel de meia, não atacante. “Antes jogávamos com três meias. Agora estamos com quatro, fechando mais os espaços e com mais equilíbrio. Temos de nos preocupar com o aspecto tático e físico da Alemanha. É uma seleção de caráter poderosíssimo. Eles têm um sistema de jogo bem trabalhado, utilizam muito bem os passes diagonais dos atacantes para os laterais, especialmente Lahm”, explicou. A Alemanha eliminou a Argentina nas quartas de final em 2006 e 2010. Na última vez, goleou por 4 a 0. Sabella lembra que sua equipe atual será mais cautelosa do que quatro anos atrás. Bem mais. “Nossa equipe hoje é mais conservadora do que há quatro anos. Busca o triunfo por um caminho diferente. Em 2010, a Argentina levou um gol muito cedo, o que sempre pode mudar o jogo. Esperamos que, se acontecer um gol nos primeiros minutos, que seja a nosso favor.”