Seleção acredita ser possível se “reconstruir” sem Neymar

Talismã de Felipão, Bernard acredita que há tempo para Brasil se "recriar" antes da semifinal

Folhapress

BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL, ENVIADOS ESPECIAIS TERESÓPOLIS, RJ – Luiz Felipe Scolari não esperava perder Neymar, claro, e não treinou opções sem o jogador na preparação para a Copa do Mundo e durante a competição. Ao perder o jogador para a semifinal e uma eventual final, com uma fratura na terceira vértebra lombar do lado esquerdo, Felipão terá que escalar um time diferente.

Para o meia-atacante Bernard, azarão na briga pela vaga, mas que deve ser testado na tarde deste domingo (6), em treino em Teresópolis, dá tempo de acertar o time sem o craque. “Acabou não treinando [sem o Neymar] porque ninguém esperava, ele, jogadores, imprensa, o povo brasileiro chegar numa situação como essa, semifinal, sem o Neymar. Dá tempo sim, todos assimilam o que o Felipe pede, dentro dos treinos não é diferente”, disse Bernard, que aos 21 anos é o mais jovem do elenco brasileiro que disputa a Copa do Mundo. Bernard foi o talismã de Felipão na conquista da Copa das Confederações, em 2013, mas nesta Copa entrou nos dois primeiros jogos, contra Croácia e México, e depois não foi mais usado ante Camarões, Chile e Colômbia. Ele chegou como reserva imediato de Neymar, mas perdeu espaço para Willian, favorito a começar como titular a partida de terça-feira (8), contra a Alemanha, em Belo Horizonte. “É uma pressão para quem entrar no lugar do Neymar, claro que é. Mas acho que por esse grupo estar aqui, já fazer parte da seleção, mostra que o jogador tem qualidade para jogar uma semifinal de Copa. Sabemos que o Felipe vai escolher o melhor jogador para ajudar o Brasil.”