ALEX SABINO SÃO PAULO, SP – Sorridente e brincando com jornalistas, Alejandro Sabella, técnico da Argentina, concedeu sua mais descontraída entrevista desde o início da Copa do Mundo. Isso não significa que tenha sido reveladora.
Cheio de cuidados, ele não quis revelar o esquema tático ou a escalação para enfrentar a Suíça, nesta terça (1º), no Itaquerão. Mas ficou claro que Lavezzi será o substituto de Agüero, lesionado na coxa esquerda na vitória sobre a Nigéria. “A particularidade de Lavezzi é que pode ser atacante ou pode ser meia pela direita ou pela esquerda. Em termos táticos, matemáticos, há muito calor, é terceira partida que vamos jogar às 13h. Às vezes, há um jogador que está bem e leva uma pancada ou sofre desgaste pelo acúmulo de jogos. Há jogadores que vão dormir a sesta bem e acordam contundidos”, observou o técnico.
A missão do atacante do Paris Saint-Germain será ajudar na marcação pelas laterais. Essa é a grande preocupação do treinador. O espaço que a Argentina deu para os adversários nos jogos da primeira fase. Contra Irã e Nigéria, a equipe correu riscos inesperados. Sem entrar em detalhes e usando a expressão “não posso falar sobre isso” quatro vezes, Sabella se recusou a comentar sobre possíveis virtudes e fraquezas da Suíça. Apenas deixou escapar que a Argentina tem jogado de forma pouco compacta. “Prefiro ter uma equipe compacta, que seja difícil para o adversário chegar na nossa área e que sejamos rápidos no ataque. Quando você vê uma equipe da NBA atacando, a torcida do outro time grita ‘defense, defense’ [defesa]. Futebol também é atacar e defender. Se vai defender mal, vai recuperar sempre na última linha defensiva e vai levar muito tempo para chegar ao ataque”, explicou.