BERNARDO ITRI MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS Em 29/05/2014 14h26 O lateral esquerdo Marcelo foi o último jogador a se apresentar na Granja Comary, onde está o centro de treinamento da CBF, em Teresópolis. Ele ganhou um dia a mais para se apresentar, chegando terça-feira (27), para comemorar o título do Real Madrid na Liga dos Campeões, conquistado sábado (24). Por isso, ele não se apresentou em um hotel no Rio, na segunda (26), quando os jogadores da seleção foram hostilizados por professores em greve que pedem, entre outras coisas, reajuste salarial.

“Eu cheguei no aeroporto do Galeão [terça] e fui aplaudido e recebi incentivos. Agora, cada um tem sua opinião. Se acha que tem que protestar, tem que protestar. Nossa função, é jogar bola e dar alegria ao povo brasileiro. Não dá para fazer muito mais. Temos que jogar nossa bolinha e ajudar um pouco. Nosso objetivo é esse. Ganhar título para dar alegrias”, disse Marcelo em entrevista coletiva nesta quinta-feira (29), em Teresópolis.

Marcelo se irritou quando foi solicitado a ele comparar como é jogar no Real Madrid, um time cheio de craques, e na seleção, que segundo o jornalista não teria tantos jogadores de qualidade quanto o time espanhol. “Você acha que o Brasil não forma craque? Essa pergunta é sua? Acho sacanagem perguntar isso. É só ver que tem vários jogadores arrebentando na Europa, fora do Brasil. Se o Real Madrid é melhor que a seleção? São duas coisas diferentes. O Real é um time, e o Brasil é uma seleção. Não tem relação”, disse o jogador.

Ele disse também que não se sente unanimidade na lateral esquerda, e que precisa respeitar Maxwell, seu reserva. “Não me sinto confortável. Sempre quero mais, quero brigar e representar bem o meu país. Muita gente dizia que eu era o novo Roberto Carlos, mas não acho isso. Ele é meu ídolo e quero seguir os passos dele”, disse o jogador.