Argentinos são maioria entre estrangeiros no Mané Garrincha

Folhapress

FILIPE COUTINHO, EDUARDO CUCOLO E AGUIRRE TALENTO BRASÍLIA, DF – A tão falada invasão não aconteceu, mas os argentinos que estão em Brasília superam de longe o número de belgas que irão assistir, nesta sábado (5), a disputa das duas seleções por uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo. Faltando cerca de uma hora para o início da partida, o clima no entorno do estádio Mané Garrincha é tranquilo. Enquanto eram provocados amigavelmente por um palhaço brasileiro chamado Pirulito, dois amigos que vieram de Buenos Aires explicavam porque estavam tão confiantes na vitória neste sábado. Segundo eles, Maradona é Deus, o papa é argentino e Messi é o Messias. Jose Gonzales saiu de Córdoba na sexta-feira (4) para assistir ao jogo desta tarde na capital federal. Trouxe uma bandeira na qual está escrito que perdeu o carro (batido na Argentina), levou um fora da namorada e ficou sem dinheiro, mas está feliz porque veio ver Messi e companhia. Espera um placar de 2 a 0. Um dos raros grupos de belgas visto na entrada do estádio é a todo tempo parado para ser fotografado. São cinco colegas que se conheceram no Brasil. Parte do grupo tem esperança e ingressos até a final, outros só assistirão a partida desta tarde. Todos apostam que os “diabos vermelhos” vão bater os argentinos por 2 a 1. “Somos poucos e os argentinos são muitos, mas contamos com a ajuda dos brasileiros para ganhar”, diz Arnold Rambou, 29. “A final contra o Brasil seria um sonho”, completa Steven Van Bont, 33. HISTÓRICO Argentina e Bélgica jogaram até hoje quatro vezes. Foram três vitórias para os argentinos e uma para os “diabos vermelhos”. O principal embate ocorreu no Mundial de 1986, no México, quando Maradona marcou dois gols e levou os argentinos à final do torneio, conquistado sobre a seleção da Alemanha.