ALEX SABINO SÃO PAULO, SP – Argentinos já estão na região do Itaquerão em busca de ingressos para a partida desta terça (1), da seleção da Argentina contra a Suíça, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. A maioria havia conseguido bilhetes apenas para os jogos da fase de grupos. As três vitórias da Argentina aumentaram a empolgação. Ignacio Harraca, 30, é um dos que está tentando a sorte grande. O que o difere dos demais torcedores é querer ouvir uma “composição” sua no estádio de São Paulo. Ele é o autor do “Brasil decime que se siente”, a música que virou febre entre os torcedores do país no Mundial. A letra faz gozação com o Brasil e fala em suposta freguesia da equipe verde e amarela contra os argentinos. “Voltei para Buenos Aires porque era a data da minha passagem de volta. Mas estou desesperado para conseguir um ingresso. Se acontecer, vou na hora para São Paulo”, disse. Do lado de fora do estádio, a angústia era parecida. E a tendência é que fique pior com o passar do tempo. “A última oferta que recebi foi de R$ 2.500 por uma entrada. É uma brincadeira. Ninguém tem como pagar isso”, queixa-se Carlos Pasman, 43, que esteve em todas as partidas da Argentina até agora, mas teme ficar fora justamente quando começa o mata-mata.