RAFAEL VALENTE, ENVIADO ESPECIAL COTIA, SP – A Colômbia venceu os quatro jogos que fez na Copa do Mundo e chegou às quartas de final como uma das sensações do torneio. O Brasil venceu somente duas partidas, passou das oitavas de final no sufoco, após derrotar o Chile nos pênaltis, e com a pressão de ser campeão em casa. Assim as equipes, que se enfrentam na sexta-feira (4), no Castelão, em Fortaleza, começaram a semana. Os colombianos até admitiram que o Brasil não está em grande fase no Mundial, mas minimizaram que isso tenha algum efeito no jogo de sexta (4). Pelo contrário, afirmaram que será a partida mais difícil da seleção cafeteira, como é conhecida, no torneio.
“Nós fizemos boas apresentações no Mundial, enquanto o Brasil não fez o que todos esperavam. Mas isso diz pouco sobre como será o jogo na sexta. Sabemos que será uma partida diferente. O Brasil tem uma seleção preparada, com excelentes jogadores e são os anfitriões”, disse o zagueiro Carlos Sanchez, em entrevista coletiva, em Cotia. “Temos muito respeito pelo Brasil, mas não temos medo. É a seleção anfitriã, tem grandes jogadores, tem camisa. O Brasil chegou até as quartas de final com méritos, ainda que não tenha agradado a todos. Já a Colômbia tem de repetir o que fez até aqui para continuar sonhando”, acrescentou.
Nunca a Colômbia chegou tão longe em uma Copa do Mundo. Até 2014, a melhor campanha havia sido no Mundial de 1990, na Itália, quando o país foi eliminado por Camarões nas oitavas de final. No torneio deste ano, os colombianos venceram os quatro jogos que fizeram, tem o segundo melhor ataque do torneio (11 gols) e o artilheiro, James Rodrigues, com cinco gols.
A defesa colombiana também tem se destacado. Em quatro jogos, sofreu apenas dois gols. Sanchez, 28,que só não enfrentou o Japão na primeira fase do torneio, até admitiu que deve ficar responsável por marcar Neymar. Mas também minimizou esse duelo particular. “Neymar é uma estrela mundial, um diferenciado. Talvez ele passe pela zona que eu jogo, mas outros também vão passar por ali. Por isso seria uma falta de respeito com o Brasil eu falar apenas do Neymar. Respeito todos os jogadores, são muito técnicos. O Brasil será um adversário difícil, não somente o Neymar”, disse Sanchez.
ARBITRAGEM
Sanchez e o atacante Adrián Ramos, 28, que atenderam a imprensa nesta segunda-feira (30), também foram bastante questionados sobre a arbitragem. Mas minimizaram o assunto. “Para nós tem feito diferença o que temos feito em campo. São 11 contra 11 e nem a arbitragem e nem os torcedores podem jogar”, disse Sanchez.
“Nós temos de nos preocupar em jogar bem, trabalhar e ter em mente o que podemos fazer. Esta Copa tem sido alegre para a Colômbia e assim deve ser na sexta. Não devemos pensar em outros fatores que não sejam esses”, acrescentou Ramos.