LILIANE PELEGRINI BELO HORIZONTE, MG – Cerca de 400 pessoas se reúnem na tarde desta terça-feira (17) na praça da Savassi, em Belo Horizonte, tocando tambor e cantando os hinos de protesto -ritual que tem se repetido nos protestos da capital mineira.
Assim como ocorreu no último sábado (15), a PM cercou os ativistas no local, onde também acontece a Feira da Economia Popular Solidária. Em toda a cidade, a Polícia Militar escalou 13 mil homens para hoje. Em cada cada esquina das imediações, há ao menos um carro da PM com quatro policiais em cada.
Às 13h15, o grupo avançou em direção à avenida Getúlio Vargas e fechou o trânsito. Com a avenida bloqueada, manifestantes desenharam campo de futebol com giz, onde se pode ler a frase “perímetro brasileiro”. Nele, crianças e jovens jogam futebol, sempre sob o olhar atento da polícia. O tenente-coronel Alberto Luiz, assessor da Polícia Militar, afirmou à Folha que não vai tolerar “ações grotescas” dos manifestantes. “Já está acontecendo uma manifestação cultural no local [a feira de economia popular]. Por lei não pode haver outra manifestação”, declarou.
Segundo o tenente-coronel, hoje o efetivo de homens e mulheres nas ruas de toda cidade é de 13 mil policiais. “Aqui na Savassi, não posso dizer quantos são por uma questão de estratégia”, justificou.