O futebol, cada vez mais, é um negócio altamente rentável. Não à toa, ainda em 2001, o Manchester United da Inglaterra, um dos maiores clubes do mundo, afirmou que seu objetivo era transformar os torcedores em consumidores. E como não poderia deixar de ser, um evento como a Copa do Mundo é visto como uma grande oportunidade para aumentar as vendas e os lucros, principalmete para grandes marcas esportivas, como a Adidas, empresa licenciada e fornecedora oficial da Fifa, e a Nike, patrocinadora oficial da Seleção Brasileira.
Se a expectativa é de que haja maior procura pelos produtos oficiais, os preços também acabam ficando mais salgados. É aquilo que Adam Smith chamava de mão invisível que regula o mercado: a oferta e a demanda (procura). Por isso, brincar de torcedor fanático pode custar caro. É um boné aqui, uma camiseta ali, um calçado verde amarelo, quem sabe uma mochila e, para completar o pacote, um boneco do mascote do Mundial.
A Fifa, inclusive, deverá alcançar um lucro recorde com a Copa do Mundo de 2014. Um decreto publicado em 2011 pela presidente Dilma Rousseff isentou o órgão máximo do futebol de pagar impostos federais para bens e serviços relacionados ao Mundial. Com isso, a Fifa economizará R$ 1 bilhão e arrecadará mais de R$ 8,8 bilhões com o evento no Brasil.
De fato, esta será a Copa das Copas a mais lucrativa, a mais cara (R$ 8,5 bilhões gastos nos 12 estádios e R$ 4,2 bilhões de investimentos da Fifa), a com maior pedido de ingressos (11 milhões de pessoas enviaram seus pedidos para os 3 milhões de ingressos disponíveis), com maior número de jornalistas (14 mil profissionais foram credenciados) e o valor recorde pago pelo direito de transmitir a Copa (R$ 3,8 bilhões).