Torcida vibra com bronca de técnico holandês e simpatia de Robben

Folhapress

ITALO NOGUEIRA Rio de Janeiro, RJ – O treino aberto da Holanda neste sábado (7) teve como estrelas o técnico Louis van Gaal e o atacante Arjen Robben. Cerca de 500 pessoas acompanharam a atividade, num clima de torcida Brasil-Holanda, no estádio da Gávea, zona sul do Rio.

O comandante da equipe levantou a torcida ao explodir após um erro da equipe titular durante um treino técnico. Depois de um erro de passe, van Gaal disparou na direção de Sneijder gritando e gesticulando. As pessoas nas arquibancadas do estádio da Gávea vibraram. Van Gaal também teve o nome gritado após a atividade. Ele acenou discretamente para as arquibancadas.

Robben também atraiu os fãs. Ele brincou com os 14 gandulas vestidos com camisa do Flamengo –administrador do estádio– e assinou todas as camisas. Mas não respondeu aos gritos dos torcedores. Os jogadores foram divididos em duas equipes sem goleiro, num treino de dois toques. A equipe titular foi formada por Daryl Janmaat, Ron Vlaar, Stefan de Vrij, Bruno Martins Indi, Daley Blind, Nigel de Jong, Jordy Clasie, Sneijder, Robben e Robin van Persie. Clasie substituiu Jonathan de Guzman, que desde sexta-feira (6) treina em separado do grupo.

O clima era de uma torcida brasileira-holandesa. O piloto de avião holandês Flores Spoorenberg levou uma camisa metade laranja e metade amarela do time que chamou de “Bralanda”. Ele tem um filho brasileiro. A brasileira Emanuele Maarten, 37, estava acompanhada do marido Maarten Dehaan, 38, e do filho Erik, 4, todos com a camisa da Holanda. Mas ela deixou claro que, numa nova disputa contra o Brasil, vai escolher seu país natal. “Mas qualquer um que ganhar está bom. Mas torço para que eles se enfrentem só na final”, disse ela.

RECLAMAÇÕES

A falta de informações sobre o acesso ao treino da seleção holandesa acabou causando uma grande fila e reclamações na entrada do estádio do Flamengo, na Gávea, zona sul. O treino foi anunciado como aberto ao público. No entanto, cerca de 200 pessoas que chegaram ao local foram informadas de que a entrada só seria permitida para quem tivesse tíquetes, distribuídos durante a semana.

Segundo os seguranças, 500 bilhetes foram distribuídos para sócios do Flamengo, funcionários da Prefeitura e pela delegação holandesa. Mesmo com o anúncio de que os ingressos havia acabado, cerca de 100 pessoas continuaram na fila. “É uma vergonha, estou decepcionado. A gente pergunta e não nos informam nada”, reclamou o holandês Warer Vonck, radicado no Brasil e que trouxe o filho brasileiro, de 3 anos, para assistir ao treino.

Persistente, Vonck abordou sócios do Flamengo no lado de fora do centro de treinamento até que conseguiu um tíquete e entrou para assistir ao treino com o filho. Os que não conseguiram entrar se dirigiram ao portão lateral para ver a saída do time. “É um treino de cartas marcadas”, queixou-se Hildebrando Barbosa Filho, morador de Jacarepaguá, zona oeste, barrado na entrada do estádio.

Em resposta à Folha, o Comitê Organizador Local (COL) informou que os 500 ingressos foram divididos entre a delegação, o Flamengo e a Prefeitura. “As entradas são distribuídas de acordo com critérios definidos por cada organização”, informou.