Três jogadores do time de juniores do Boavista se machucaram nesta sexta (6) durante o treinamento que serviu de teste para os juízes e auxiliares da Fifa que vão apitar os 64 jogos da Copa do Mundo. As atividades, realizadas em três campos diferentes, simularam algumas jogadas de impedimento e de ataque contra defesa para que os árbitros praticassem as tomadas de decisão. Um dos atletas teve fratura exposta no dedo minimo da mão direita; outro deslocou a clavícula; e o terceiro torceu o tornozelo.
Os árbitros treinaram forte por duas horas e meia. Primeiro com exercícios físicos, tiros de corrida e alongamentos, depois se revezando em partidas simuladas, que aconteciam em três campos do Centro de Futebol Zico, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. Em uma deles, os jovens, todos com 18 anos, se machucaram “Para vocês verem que vida de juiz não é fácil”, disse, ao fim do treino, auxiliar brasileiro Marcelo Van Gasse. Ele e Emerson de Carvalho formam com o juiz Sandro Meira Ricci o trio de arbitragem brasileiro no Mundial. “Ainda é muito cedo para pensar nisso. Antes temos que fazer uma boa primeira partida”, disse Ricci, ao responder sobre a possibilidade de apitar a final. Mas um trio brasileiro de arbitragem na final significa que a seleção está fora da partida. “Prefiro não apitar a final a ver o Brasil de fora”, disse Carvalho. Juiz da decisão da Copa de 2010, Howard Webb, lembrou que nunca houve, na história das Copas do Mundo, um árbitro que apitasse duas finais. “Dessa eu estou fora”, comentou, com ar resignado. Ao fim do treino os árbitros fizeram a foto oficial do torneio, segurando placas onde se lia “say no to racism” (diga não ao racismo). Nesse momento, o ex-jogador Zico se aproximou do campo. Foi chamado pelos juízes, sentado no meio deles, entrou para a foto oficial da Fifa.