O varejo brasileiro pode deixar de ganhar cerca de R$ 1,5 bilhão durante a Copa do Mundo só por causa dos feriados forçados. O número foi formulado por analistas para os meses de junho e julho, levando em conta estatítiscas históricas sobre feriados no País, ainda mais agora, quando se discute os feriados nacionais em dias de jogos do Brasil na Copa.
Conforme salienta o economista e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Milton Pignatari Filho, em dias de jogos, estima-se que existe uma perda de aproximadamente 5% do total das vendas diárias em decorrência do feriado forçado. O profissional ainda afirma que em muitos casos a perda é irrecuperável.
Segundo Pignatari, o que fica muito claro é em qualquer análise a mobilização em razão da Copa é o grande foco. Ele ressalta que o importante neste período antecedente é se planejar. Tudo já deve estar programado e definido pelos comerciantes varejistas. O impacto e as eventuais formas de compensação. Como ocorre em algumas cidades que sediarão jogos, agora não adianta tentar resolver em 20 dias o que não foi feito e planejado em sete anos. O que resta agora ao comércio é torcer, não só pelo Brasil, mas para que suas expectativas se concretizem e seu planejamento tenha sido bem elaborado, afirma.
Perspectiva — Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apurou que 52,3% das empresas esperam um pequeno reflexo devido às paralisações nos dias de jogos. Sendo que, 12,4% não preveem nenhum impacto e 27,1% trabalham com possibilidade de um grande impacto.