“O organismo comporta inúmeras possibilidades de doença para uma única de saúde”. Nosso maior poeta, Carlos Drummond de Andrade, é o autor dessa pérola. O Brasil já é a sexta maior população de idosos do mundo, estamos próximos dos 32 milhões de sexagenários. Para se ter uma noção do perigo, ou melhor, da necessidade em melhorar a qualidade de vida; em 2040 a expectativa de vida do brasileiro, segundo dados da UNESCO será de cem anos, isso mesmo, cem. A transição da era industrial para a era da informação (era do conhecimento), está sendo difícil de assimilar. Somam-se a isso, dificuldades financeiras, insegurança, novos padrões de comportamento, solidão e anonimato, são os principais determinantes para a nossa qualidade de vida piorar. Esses hábitos são construídos diariamente, levando-se em consideração as atitudes tomadas. A medicina comportamental, um conceito médico que visa estimular as pessoas a cuidar de seu próprio comportamento e a de se conduzir de maneira mais saudável é um aliado importante nestas nossas indecisões de ser ou não ser. Os especialistas afirmam que ninguém pode fazer o essencial para a pessoa, a não ser ela própria. Quando se percebe que algo nesta “trilha menos percorrida” está atrapalhando o autoconhecimento e auto-estima, o sinal vermelho dever ser acionado para que doenças e auto-agressões não apareçam. Quando não percebemos estas inclinações de um sofrimento agudo, tendemos à fragilizar nossa vontade de acordar. O peso do dia talvez seja uma boa dica para iniciarmos radicais mudanças em nosso comportamento do dia-a-dia. Não necessitamos esperar estes sinais para começar as mudanças em nosso comportamento. As alternativas mais inteligentes; exercitar-se regularmente, uma alimentação mais leve nestes dias de “verão”, buscar um lazer na semana que dê muito prazer, se olhar no espelho e se sentir bonito. Nunca é demais repetir que, quando compramos um plano de saúde estamos executando um planejamento financeiro e não um planejamento de saúde.


p.s. para os meus leitores assíduos; na coluna da semana passada estava me referindo a planejamentos do esporte e não sobre programas partidários, muito menos sobre ações individualizadas.


Esta coluna é
de responsabilidade do professor de Educação Física
Carlos Mosquera