A articulação do tornozelo é a região, junto com o joelho, que mais
compromete a assiduidade dos “peladeiros”. Em todas as práticas
esportivas de contato, principalmente o futebol e o futsal, sempre
acontece o que todos já esperam, contusões. E isso independe da
condição do praticante, nos profissionais o motivo são as sobrecargas,
já nos pretensos à craque, a principal causa é o despreparo físico que,
involuntariamente compromete toda a estrutura da articulação. Dos
vários ligamentos do tornozelo, o mais visado no ludopédico é o
ligamento talofibular anterior (LTFA).
Para conhecer melhor este ligamento, basta apalpar o ossinho saliente
(maléolo) que fica na região lateral do pé, ele está bem colado nesta
região. A principal função deste ligamento é resistir à inversão do
tornozelo o que em muitas vezes isso não é possível. Quem já machucou
esta articulação jogando bola, ou mesmo, pisando em falso, sabe que,
imediatamente na hora da “virada do pé” a dor parece que o pé está
quebrado.
Aqueles que nunca quebraram, podem imaginar, a dor é insuportável. É
isso que acontece, portanto, na maioria das vezes quando praticamos uma
atividade física que mudamos repentinamente de direção. Chamamos estas
de atividades acíclicas. O futebol é o maior representante destas
atividades. Depois de acometido o LTFA, não tem muito que fazer,
recomenda-se aplicação de gelo e repouso, até que desapareça totalmente
a dor.
O maior problema nesta lesão é a recidiva, dificilmente alguém que já
machucou o tornozelo não ficou de fora do segundo entorse. Imagine você
leitor, jogador, o ligamento funciona como um elástico, chega um
momento que ele (o ligamento) perde a função, então, nosso tornozelo
parece que fica “solto”, sem proteção. Mas é isso mesmo que acontece,
ficamos desprotegidos.
A recomendação dos especialistas antes da volta aos gramados ou areias,
como queira, é uma recuperação sem pressa, mesmo que a dor tenha
sumido. É preferível perder um mês no tratamento e retornar seguro do
que, a recidiva deixa-lo por um ano afastado do seu grande prazer. Por
isso “atleta”, antes de qualquer coisa paciência no tratamento, o mesmo
na hora de dividir uma bola.
p.s.1. uma boa hora para os atletas brasileiros no Pan divulgarem a
triste realidade do esporte nacional, só eles sabem o quanto foi
difícil chegar lá.
p.s.2. não entendi porque alguns atletas de Curitiba não foram
lembrados na passagem da tocha por Curitiba, Rinaldo Caggiano, campeão
Pan-Americano de judô, Gisele Miro, tênis e outros.
Esta coluna é de responsabilidade do professor
de Educação Física Carlos Mosquera