Como acontece em todos os finais de ano, as famílias reservam algumas
horinhas para aproveitar as últimas luzes solares do dia para se
entregar às compras. Coisas do natal. Além disso, outros hábitos são
comuns nesse mês; preparar as férias, trocar de carro, visitar àqueles
amigos, tomar um chopinho depois do expediente para troca de presentes
e outros mais. Entre estes outros mais, também estão os preparativos
para o verão, isto quer dizer, diminuir a barriga e a bunda. Como? O
uso da fórmula desgastada, surrada e, talvez ainda a mais eficiente, à
academia.
Este mês às academias de todas as cidades estão lotadas, todos querendo
e rezando por um milagre, perder uns dez quilos em dois meses. Quem não
quer? Talvez essa pressa seja a responsável pela angustia que as
pessoas têm em emagrecer rapidamente, sem ao menos se questionar o
porquê disso tudo. O que acontece também, além do uso abusivo de
remédios é a alimentação desbalanceada, sem nutrientes e um exercício
físico sem prazer, o que resulta diretamente em infelicidade.
Tudo se torna difícil e, o que deveria ser prazeroso, perpetua-se em “coisa chata”.
Há fórmulas para fugir isso, lógico, a primeira delas e a mais
importante para evitar esse desgaste é começar mais cedo, ou melhor,
não parar. O tal efeito sanfona é resultado desta hipocinesia, as
pessoas param de se exercitar apenas porque “não precisam ficar com
pouca roupa”, resultado do nosso clima.
Outro caminho menos desgastante para esse tormento de roupas que não
entram é, escolher lugares e pessoas que possam compartilhar esses
“momentos de atividades corporais”. Muitos colegas, inclusive de
trabalho, sofrem desse desencontro, então, não seria uma alternativa
reuni-los e escolher juntos uma atividade? Inclusive exercícios na hora
do almoço, quando o tempo é a maior desculpa.
Continuando pelas opções de final de ano, um check-up médico é outra
alternativa inteligente antes de se aventurar pelas trilhas da
natureza. Escrevo isso porque muita gente nessa época de férias resolve
se aventurar em trilhas na serra do mar sem condições mínimas de
caminhar em trechos difíceis e quando percebe, não há socorro por
perto. É outra preocupação que poucos atentam. Depois destas “dicas” o
mais recomendado é não parar mais, alternância de esportes ou
atividades físicas são prescritas para que ninguém enjoe do que está
fazendo, assim, a correria de final de ano fica restrita apenas na
preparação da “Corrida do Parque”, no próxima dia nove de dezembro.
Boa sorte.
Esta coluna é de responsabilidade do professor de Educação Física Carlos Mosquera