Seleção, tropeços e as mulheres

Carlos Mosquera

Como estamos na época de opinar sobre os melhores jogadores do ano, também arrisco um palpite, até porque tenho uma grande desculpa, assisti poucos jogos dos nossos times. Se for para selecionar só os paranaenses, acho mais fácil escolher o time do Paraná como opção mais inteligente.

 Em anos passados, sempre fiz a mesma opção pelos times mais organizados, quase sempre era o Atlético. Hoje não, o Paraná Clube merece o nosso voto, mesmo alguns não concordando, por isso o futebol é fantástico e contraditório. Mas como também tenho direito de errar, o time da Vila, como um todo, que já merece atenções nacionais, vale o voto. Até o Caio Jr. está cotado como melhor técnico do país e isso é reflexo do que fez pelo time que começou o ano desacreditado, muitos apostavam até na queda para a segundona. 

Como não acredito muito em sorte, espero que estes resultados sejam fruto de uma reorganização do futebol do Paraná e, assim, o sucesso para o próximo ano já está garantido. Neste planejamento deve estar incluído um maior número de jogadores à disposição do técnico, coisa que não aconteceu no planejamento do Atlético, daí o fracasso nas competições internacionais.

Duas competições simultâneas para um time competitivo é apenas para os grandes, o São Paulo serve como um bom exemplo. A maratona dos dirigentes deve começar agora, sem tropeços, refazer projetos ineficientes, contratar os atletas mais baratos e mais competentes, além de uma boa “peneirada” ainda este ano.

Muitos atletas de outras paragens já consagrados querem jogar no Atlético pela estrutura que este clube apresenta, outros, depois da ascensão do Paraná, também vão querer participar de uma Libertadores, pretensão ou não, mais já é uma realidade.

Por tudo isso, acho que a partir destes dias também as mulheres podem começar a comemorar, o campeonato brasileiro está acabando, e com isso também acabam as mesas redondas, as discussões do gol impedido, a falta não marcada o resultado injusto.

Agora sobra tempo para o casal se divertir no cinema, namoricos e aperitivos, com uma peça de teatro e quem sabe, se nada disso der certo, os melhores momentos da decisão do campeonato de 1978.


Esta coluna é de responsabilidade do professor
de Educação Física Carlos Mosquera