Primeiro, a contadora de histórias   Cléo Busatto passeou pelo universo mitopoético brasileiro no espetáculo Caipora e outros bichos do Brasil;  depois visitou a mitologia dos Caingangues e Guaranis com Nos campos do Paiquerê. Agora, é a hora dos contos de fadas roubarem a cena, no novo espetáculo, Era uma vez … e ainda é!,  
Nele, incluiou todos aqueles personagens característicos desse tipo de histórias –  vilãs, irmãos espertos, bobalhão, feiticeiras que se disfarçam de boa velha, Bab-Yaga, heróis e heroínas -,  em um roteiro que segue a linha de contação de histórias combinando animação de formas.

Foram escolhidos para o programa dois contos da tradição oral. Um deles, A Água da Vida, é russo e foi reescrito por Cléo para o seu livro Contos e Encantos dos 4 Cantos do Mundo. O outro e um italiano da região da Emilia Romagna, registrado no livro Fiabe Popolari Italiane sob o nome de Ciricòccola. “Mas eu chaco de Luna, pois este é o nome da personagem central”, explica.     Para fechar o programa uma brincadeira com a linguagem oral, traduzida pela pequena história da velha e da moça.
A escritora Cléo Busatto é uma dessas pessoas encantadores capazes de fazer a vida da gente mais alegre. Altíssimo astral, ela usa a contação de histórias como maneira de evoluir na vida também. Inquieta, está sempre em busca de mais informações e de formas de passar as melhores adiante. Me parece que esse astral meio mágico,  perceptível em  Cléo, é imprescindível para um contador de histórias. Esses “contadores de causos” modernos são guardadores da cultura oral te e procuram em tempos longínquos a essência da vida de personagens que vivem entre a realidade e a fantasia dos pensamentos e de uma lembrança, muitas vezes remota, em algum canto da gente.

Cléo já viajou bastante em busca dessa matéria-prima e é reconhecida por este trabalho.  No final de setembro ela vai para aBogotá e Cali, como convidada do Uniecuento, tradicional encontro de contadores de histórias, com apoio do MINC.Também é consultora na área de oralidade, leitura e literatura infanto-juvenil. Faz palestras, oficinas e contações de histórias pelo Brasil e exterior e já contou histórias para mais de 45 mil pessoas, alémd e ser autora de vários livros. O mais recente Pedro e o Cruzeiro do Sul e A arte de contar histórias no século XXI – tradição e ciberespaço. O melhor de tudo é que a apresentação do fim de semana é com entrada franca, oferta da Fundação Cultura de Curitiba. E em outubro tem mais.

Serviço
Dias 22 e 27 às 11h: Bondinho da Rua XV. Dia 23: às 11h, no Teatro do Piá; e às 16h na Casa da Leitura..