Gravuras de Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, Lívio Abramo, Iberê Camargo, Fayga Ostrower, Portinari, Di Cavalcanti, e dos paranaenses Guido Viaro, Poty Lazarotto, Fernando Calderari, Uiara Bartira e Raul Cruz estão entre as cerca de 150 obras da exposição A Gravura Brasileira na Coleção Mônica e George Kornis, que será aberta hoje na Galeria da Caixa.
A seleção foi feita pelos próprios colecionadores com a intenção de traçar um painel da história da gravura brasileira, dentro do que o casal reuniu nos últimos 30 anos e que se transformou em um dos mais importantes acervos particulares sobre a gravura brasileira.
Sua mais forte característica é a abrangência histórica, já que se concentrou na gravura moderna, produzida a partir do século XX. “Nossa coleção assumiu desde os anos 1980 o desafio de formar um acervo capaz de expressar tanto a diversidade e a qualidade da produção em gravura realizada no país, quanto a importância de sua contribuição para uma visão ampliada de nossa história”, comenta George.
Para construir a coleção, eles contam que se propuseram a responder duas perguntas consideradas por eles urgentes: qual o objeto da coleção? E quais os critérios que deveriam nortear a seleção de artistas e de imagens para sua posterior inclusão no acervo? “A resposta exigiu uma reflexão que durou desde a metade dos anos 70, quando começamos, mas de forma não sistemática, a comprar obras e seguiu até fins da década de 80”, lembra ele. Nessa época a coleção começou a se definir, ainda que de modo preliminar.
“O objeto então ficou mais claro: construir, através de gravuras e desenhos realizados por artistas plásticos a partir do século XX, uma outra perspectiva da História da Arte, até então hegemonicamente fundada em obras pictóricas”, explicam os curadores/colecionadores.
SERVIÇO
A Gravura Brasileira na Coleção Mônica e George Kornis. Até 06/01/08, de terça à quinta, das 10 às 19h e sexta à domingo, das 10 às 21h . Entrada franca. Galeria da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280). Informações: (41) 2118-5114.