Caixa Cultural recebe Festival Literário Histórias da Floresta

Histórias_F3_CRED Mayara Jacques — Divulgação

O foyer da Caixa Cultural Curitiba foi transformado em uma floresta, criada especialmente para encantar as crianças e despertar o interesse delas pela natureza. O Festival Literário Histórias da Floresta já passou por São Paulo, Brasília e Fortaleza, e agora chega à capital paranaense tendo como protagonista a literatura nativa.

O festival traz uma série de atividades gratuitas para o público geral e grupos de escolas. Para promover uma experiência mais imersiva ao público, o foyer e a sala de exposições da Caixa Cultural estão sendo ambientados com mais de 300 espécies de vegetação natural. O espaço também recebeu uma instalação artística em formato de Ocaruçu, construção indígena onde se compartilham histórias e encontros.

Programação especial

A exposição imersiva fica aberta à visitação até 23 de junho, com visitas guiadas. Além disso, o Ocauçu terá uma programação especial, com contação de histórias, oficinas e atrações artísticas. Para o bate-papo com autores, nomes como Daniel Munduruku, Olívio Jekupé, Kiusam de Oliveira, Cristino Wapichana e Auritha Tabajara já estão confirmados. O evento ainda vai oferecer atividades educativas e formação para educadores.

Um dos pontos de partida do projeto foi apresentar às crianças os elementos da cultura indígena e propor uma visão de mundo mais voltada ao respeito e conhecimento ancestral, a diversidade cultural e a preservação ambiental. A diretora do Festival, Flávia Milbratz, afirma que “as crianças têm um grande potencial para mudar o olhar em relação à sociedade”.

“Nosso olhar foi ficando cada vez mais desconectado do senso de comunidade. Há muito tempo estamos conformados com um mundo imediatista, impaciente, intolerante com as diferenças. Estamos cada vez mais influenciados pelo mundo digital, onde tudo está disponível em um ritmo acelerado, diferente do que a gente observa na natureza”, diz a diretora. “Isso se reflete em nossas crianças e na maneira que elas olham para o mundo. Porém são justamente elas que podem nos auxiliar a voltar o nosso olhar para dentro, para o que realmente importa: nossas relações, nossa história, nossa memória, nossos valores enquanto seres vivos que habitam esse planeta que é coletivo, que precisa ser cuidado e respeitado”, concluiu.