Cláudia Jimenez: personagens da atriz além de Edileuza e Cacilda

Estadão Conteúdo

Cláudia Jimenez morreu neste sábado, 20, aos 63 anos de idade, causando comoção no meio artístico. Sem dúvida, um dos papéis mais marcantes de sua carreira foi vivendo a empregada Edileuza, de Sai de Baixo (1996), ao lado de Caco Antibes (Miguel Falabella), Magda (Marisa Orth), Vavá (Luis Gustavo), Cassandra (Aracy Balabanian) e Ribamar (Tom Cavalcante).

Apesar de ter apresentado diversos problemas de bastidores entre seu elenco, o seriado marcou época nas noites de domingo. Mesmo que presente apenas na primeira temporada, o nome Edileuza marcou os fãs da atração.

Sempre afiada com piadas de dupla sentido, também é lembrada como a Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo (1990) fazia uso do bordão “Beijinho, beijinho, pau, pau”, paródia de Xuxa à época em que a rainha dos baixinhos estava em alta.

Mas Cláudia Jimenez teve uma carreira muito além das duas personagens. Relembre abaixo outros de seus principais papéis na TV e no Teatro.

‘Como Encher um Biquíni Selvagem’

A peça Como Encher Um Biquíni Selvagem, que estreou em 1994 e ficou em cartas ao longo dos anos seguintes, trazia 10 personagens: Magali, Paula, Crioula, Melanie, Arnaldo, Vanessa, Magda, Dulce, Mike e Lise. Porém, apenas um nome no elenco: Cláudia Jimenez, que dava conta de interpretar a todos.

“Tem somente eu, o texto e o macacão preto. Ela [a peça] ri do cotidiano, mas não é um besteirol, porque o público se identifica, ri da sua própria neurose”, dizia à Folha, em 1996.

Humorísticos clássicos

No início da carreira na TV, Cláudia Jimenez fez inúmeras participações em clássicos do humor nacional, como Os Trapalhões, Viva o Gordo e Chico Anysio Show, especialmente na década de 1980.

‘Sete Pecados’

Em Sete Pecados (2007), interpretou Custódia Celestina, a principal personagem do núcleo de anjos, que ainda trazia Erik Marmo, o anjo Gabriel, e participações de Thalma de Freitas e Ana Lúcia Torre. A personagem tinha a difícil missão de proteger a protagonista Beatriz (Priscila Fantin), e, disfarçadamente, surgia em sua vida como cartomante para lhe ajudar. À época das gravações, ela assumiu um relacionamento com Rodrigo Phavanello, o Adriano da novela, com quem contracenava em muitos momentos.

Não foi seu primeiro trabalho com ligação direta com a temática angelical – em 2003, contracenou com outro ‘Anjo Gabriel’, Dan Stulbach, em Papo de Anjo, mas desta vez ela que era a protegida pela entidade.

‘As Filhas da Mãe’

Na novela das 7 exibida em 2001, a atriz vivia Dagmar, a Dadá, que nutria um romance com o modelo Ricardo, personagem de Reynaldo Giannecchini.

‘Haja Coração’

Em Haja Coração (2016), deu vida à rica Lucrécia Abadala, tia de Fedora (Tatá Werneck) que contracenava com Marcelo Médici, seu marido na trama, e Grace Gianoukas, sua irmã.