O escritor curitibano Cleverson Garrett construiu, ao longo da última década, uma carreira marcada pela diversidade e pela ousadia criativa. Poeta, romancista, biógrafo e editor, Garrett se firmou como uma das vozes mais inventivas da literatura paranaense contemporânea, transitando entre gêneros, formatos e linguagens.
Leia mais:
Sua estreia ocorreu em 2013 com Mosaico, reunião de contos, letras de música, crônicas e poemas. Dois anos depois, lançou Suspiro, livro de poemas que ganhou repercussão pelo gesto inusitado do autor: distribuir exemplares em bancos do Bosque de Portugal, em Curitiba, em uma ação que lhe valeu o apelido de “Poeta do Bosque”. Suspiro também foi publicado pela Chiado Editora em Lisboa – 2015.
O reconhecimento nacional veio em 2018, quando A Lata do Poeta foi finalista do Prêmio Jabuti. Lançada em uma lata, a obra unia poesia, artes visuais e design editorial, confirmando a disposição de Garrett em romper fronteiras entre literatura e experiência estética.
Do experimental ao memorialístico, Garrett avançou em 2019 para a prosa biográfica, com Vim, vi, venci, sobre o empresário e político Paulo Pimentel. A obra revelou seu talento como narrador de trajetórias de vida, campo em que vem se aprofundando: atualmente, prepara uma nova biografia, dando continuidade a esse trabalho de resgate histórico e literário.
No campo da ficção, Garrett estreou em 2022 com O Guardião da Pirâmide, romance lançado por sua própria editora, Saluki. O livro consolidou sua capacidade narrativa e circulou em diferentes estados do país, ampliando seu público leitor. Agora, o autor se dedica à finalização de um novo romance, em que dá continuidade à investigação estética e filosófica que marca sua obra.
Mais do que escritor, Garrett atua também como editor independente, responsável por títulos de relevância cultural e institucional. A Saluki já publicou livros sobre história, literatura e ciências, fortalecendo o papel do autor como agente cultural na cena paranaense.
Com trajetória que une poesia, biografia e ficção, Cleverson Garrett se firma como uma das figuras mais singulares da literatura atual. Entre a memória e a invenção, seu trabalho revela um compromisso duplo: preservar histórias que merecem ser contadas e, ao mesmo tempo, criar narrativas que interrogam o sentido da vida e da arte.